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Parlamento reelege Vladimir Voronin presidente da Moldávia
O Parlamento da Moldávia reelegeu nesta segunda-feira Vladimir Voronin, líder comunista que defende a integração do país à Europa, como chefe de Estado.
A política de Voronin voltada para a Europa obteve o apoio de 75 dos 78 deputados presentes na sessão do Parlamento, formado por 101 legisladores, incluindo os de oposição que, em princípio, queriam boicotar a eleição do líder comunista.
O Bloco Moldávia Democrática (BMD) manteve sua decisão de não participar da votação. Antes, de posição pró-russa, ontem o BMD deu as costas para Moscou ao declarar como prioridades a integração à Europa e a ruptura com a comunidade pós-soviética.
O acadêmico Georgy Duca, adversário histórico de Voronin promovido pelo mesmo Partido Comunista, obteve apenas um voto e outras duas cédulas foram declaradas inválidas, segundo sites da Moldávia e da Rússia.
O Parlamento, eleito no dia 6 de março, decidiu que a posse do presidente acontecerá na próxima quinta-feira no Palácio da República de Chisinau. Depois da posse, Voronin apresentará à Câmara seu candidato a primeiro-ministro, responsável por formar o governo.
Voronin, de 63 anos, disse que as duas grandes prioridades de seu "segundo e último mandato" serão "a integração à Europa e a solução do problema de Cisdniester", região separatista do país, de maioria russa e onde Moscou ainda mantém tropas e armas.
"A integração à Europa é impensável sem a garantia de integridade territorial e a concórdia interétnica no país", disse Voronin, afirmando que a Rússia deve "retirar seu contingente militar e seus arsenais" de Cisdniester.
O presidente eleito disse que a Moldávia exige a retirada dos 2.500 militares e das 40.000 toneladas de armas e munição mantidos pela Rússia na região desde a época da URSS e não a substituição por "militares de outros países", em referência à Otan.
"Qualquer forma de presença militar na região é um anacronismo", disse Voronin, cujas tentativas de "internacionalizar" a solução do conflito causaram mal-estar no Kremlin.
As relações entre Rússia e Moldávia esfriaram no ano passado, quando no último momento e com apoio do Conselho da Europa, Voronin se negou a assinar um plano do Kremlin para regulamentar a situação em Cisdniester, que referendava a permanência de tropas russas nessa região até 2020.
Durante as eleições parlamentares na Moldávia, Moscou ameaçou punir o país economicamente por causa das pressões sobre os separatistas de Cisdniester, da posição europeísta e da recusa de que as eleições tivessem observadores da comunidade pós-soviética.
Para resolver o problema de Cisdniester, a Moldávia "aposta no apoio da União Européia, dos Estados Unidos, das vizinhas Ucrânia e Romênia, e também no potencial das relações com a Rússia", disse o líder moldávio.
No entanto, Voronin não disse se sua primeira visita ao exterior seria à Rússia, como seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, fez depois da Revolução Laranja, para tranqüilizar Moscou e fazer as pazes.
Sobre a integração da Moldávia à Europa, o presidente eleito disse que "é um processo irreversível e natural", mas requer a aprovação de muitas questões pendentes e a aplicação de uma longa lista de reformas políticas internas.
"Não devemos chegar à Europa como parentes distantes, mas como um país desenvolvido, com uma economia pós-industrial", disse Voronin, consciente de que a Moldávia (com 4,5 milhões de habitantes e 33.700 quilômetros quadrados) é um dos países europeus mais pobres.
Voronin prometeu - atendendo, em particular, aos pedidos da oposição que aceitou apoiá-lo - reduzir a pressão administrativa sobre a livre empresa, simplificar a gestão econômica, garantir a real independência da Justiça e combater a corrupção.
Também se comprometeu a "despolitizar e desmilitarizar as forças da ordem" e garantir a liberdade de imprensa para promover a sociedade civil e o Estado de direito.
O líder comunista mostrou-se disposto a cooperar com a oposição e dar espaço a ela, anunciou sua vontade de transformar o Partido Comunista em uma formação social-democrática e propôs uma emenda à constituição para que o chefe de Estado não possa militar em partidos políticos.
"Nossas divergências com Voronin ficaram no passado. Devemos unir nossos esforços a favor do futuro europeu da Moldávia", disse o antigo adversário político do Partido Comunista Yurie Roscu, líder do Partido Popular Democrata-Cristão, herdeiro da Frente Popular que queria a reunificação da Moldávia com a Romênia.
O Bloco Moldávia Democrática (BMD) manteve sua decisão de não participar da votação. Antes, de posição pró-russa, ontem o BMD deu as costas para Moscou ao declarar como prioridades a integração à Europa e a ruptura com a comunidade pós-soviética.
O acadêmico Georgy Duca, adversário histórico de Voronin promovido pelo mesmo Partido Comunista, obteve apenas um voto e outras duas cédulas foram declaradas inválidas, segundo sites da Moldávia e da Rússia.
O Parlamento, eleito no dia 6 de março, decidiu que a posse do presidente acontecerá na próxima quinta-feira no Palácio da República de Chisinau. Depois da posse, Voronin apresentará à Câmara seu candidato a primeiro-ministro, responsável por formar o governo.
Voronin, de 63 anos, disse que as duas grandes prioridades de seu "segundo e último mandato" serão "a integração à Europa e a solução do problema de Cisdniester", região separatista do país, de maioria russa e onde Moscou ainda mantém tropas e armas.
"A integração à Europa é impensável sem a garantia de integridade territorial e a concórdia interétnica no país", disse Voronin, afirmando que a Rússia deve "retirar seu contingente militar e seus arsenais" de Cisdniester.
O presidente eleito disse que a Moldávia exige a retirada dos 2.500 militares e das 40.000 toneladas de armas e munição mantidos pela Rússia na região desde a época da URSS e não a substituição por "militares de outros países", em referência à Otan.
"Qualquer forma de presença militar na região é um anacronismo", disse Voronin, cujas tentativas de "internacionalizar" a solução do conflito causaram mal-estar no Kremlin.
As relações entre Rússia e Moldávia esfriaram no ano passado, quando no último momento e com apoio do Conselho da Europa, Voronin se negou a assinar um plano do Kremlin para regulamentar a situação em Cisdniester, que referendava a permanência de tropas russas nessa região até 2020.
Durante as eleições parlamentares na Moldávia, Moscou ameaçou punir o país economicamente por causa das pressões sobre os separatistas de Cisdniester, da posição europeísta e da recusa de que as eleições tivessem observadores da comunidade pós-soviética.
Para resolver o problema de Cisdniester, a Moldávia "aposta no apoio da União Européia, dos Estados Unidos, das vizinhas Ucrânia e Romênia, e também no potencial das relações com a Rússia", disse o líder moldávio.
No entanto, Voronin não disse se sua primeira visita ao exterior seria à Rússia, como seu colega ucraniano, Viktor Yushchenko, fez depois da Revolução Laranja, para tranqüilizar Moscou e fazer as pazes.
Sobre a integração da Moldávia à Europa, o presidente eleito disse que "é um processo irreversível e natural", mas requer a aprovação de muitas questões pendentes e a aplicação de uma longa lista de reformas políticas internas.
"Não devemos chegar à Europa como parentes distantes, mas como um país desenvolvido, com uma economia pós-industrial", disse Voronin, consciente de que a Moldávia (com 4,5 milhões de habitantes e 33.700 quilômetros quadrados) é um dos países europeus mais pobres.
Voronin prometeu - atendendo, em particular, aos pedidos da oposição que aceitou apoiá-lo - reduzir a pressão administrativa sobre a livre empresa, simplificar a gestão econômica, garantir a real independência da Justiça e combater a corrupção.
Também se comprometeu a "despolitizar e desmilitarizar as forças da ordem" e garantir a liberdade de imprensa para promover a sociedade civil e o Estado de direito.
O líder comunista mostrou-se disposto a cooperar com a oposição e dar espaço a ela, anunciou sua vontade de transformar o Partido Comunista em uma formação social-democrática e propôs uma emenda à constituição para que o chefe de Estado não possa militar em partidos políticos.
"Nossas divergências com Voronin ficaram no passado. Devemos unir nossos esforços a favor do futuro europeu da Moldávia", disse o antigo adversário político do Partido Comunista Yurie Roscu, líder do Partido Popular Democrata-Cristão, herdeiro da Frente Popular que queria a reunificação da Moldávia com a Romênia.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349181/visualizar/
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