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Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 15:01
Por: Steve Holland

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na segunda-feira que compreendia por que o presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, estava retirando suas tropas do Iraque, ao receber o governante na Casa Branca.

"Ele está cumprindo uma promessa de campanha. Compreendo totalmente", disse Bush numa entrevista coletiva conjunta com Yushchenko, que trazia no rosto as marcas do envenenamento por dioxina que sofreu no ano passado, durante a campanha à Presidência, no que afirma ter sido uma tentativa de assassinato.

Yushchenko começou a retirar os 1.600 soldados ucranianos do Iraque, e a retirada deve ser concluída até meados do segundo semestre. A presença militar da Ucrânia no Iraque é impopular no país.

O presidente disse que a Ucrânia ainda tem o compromisso de ajudar a treinar as forças iraquianas. A necessidade do treinamento é o maior obstáculo à saída dos EUA do Iraque, já que as forças de segurança iraquianas ainda não são capazes de manter o país calmo.

Yushchenko está fazendo uma viagem de três dias a Washington, e deve falar ao Congresso norte-americano na quarta-feira.

Ele foi eleito num pleito polêmico, depois de a primeira eleição, vencida por seu adversário, o candidato pró-Rússia Viktor Yanukovich, ter sido anulada por pressão popular e denúncias de fraude.

"Nossa conversa começou comigo dizendo que, para a Ucrânia, foi um caminho muito longo até o Salão Oval", disse Yushchenko sobre seu encontro com Bush.

Os Estados Unidos e a Rússia vêm disputando a influência sobre a região desde a queda da União Soviética. Bush chamou os protestos que abriram caminho para a eleição de Yushchenko de "Revolução Laranja", que deve se espalhar para outros países.

Eles conversaram sobre o que está acontecendo no Líbano, no Quirguistão, na Moldávia e em Belarus, disse Bush.

Yushchenko também manifestou o interesse do país em entrar para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Antes de se libertar do domínio soviético, a Ucrânia foi governada por 300 anos pela Rússia.

Bush disse que apoiaria a pretensão da Ucrânia, mas que a entrada na Otan não é garantida, porque o país primeiro tem de cumprir as exigências para entrar na aliança.

"Apóio a idéia de a Ucrânia se tornar membro da Otan. Acho importante", disse Bush, que vai à Letônia, à Holanda, à Rússia e à Geórgia em maio, para lembrar o 60o. aniversário da Segunda Guerra Mundial e dar apoio às reformas democráticas nas ex-repúblicas soviéticas.

Bush também afirmou que apoiará a tentativa da Ucrânia de entrar na Organização Mundial do Comércio, e que pedirá ao Congresso dos EUA que suspenda as restrições comerciais com o país.




Fonte: Reuters

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