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Economia
Sábado - 01 de Dezembro de 2012 às 15:11

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A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre em comparação com o imediatamente anterior. Na comparação com igual período do ano passado o aumento chegou a 0,9%. Os dados fazem parte das Contas Nacionais Trimestrais divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Produto Interno Bruto alcançou R$ 1,098 trilhão.

A agropecuária foi o setor que mais cresceu no terceiro trimestre em relação ao anterior, com aumento de 2,5%, seguida da indústria, que cresceu 1,1%. O setor de serviços teve variação nula.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, as atividades econômicas que merecem destaque, de acordo com o IBGE, são a agropecuária (3,6%) e os serviços (1,4%). Já o setor industrial sofreu queda de 0,9%.

No acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2012, houve crescimento de 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no acumulado dos três primeiros trimestres de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7% ante o mesmo período do ano passado.

Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, a atividade econômica mostrou reação no terceiro trimestre deste ano e isso contribui para melhores resultados fiscais, avaliou

“Está havendo uma reação da atividade e isso deverá influenciar positivamente os resultados fiscais”, disse Maciel. Em 12 meses encerrados em outubro, o superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, ficou em R$ 98,35 bilhões, o que representa 2,25% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Nos dez meses do ano, o superávit primário ficou em R$ 88,214 bilhões (2,42% do PIB).

No último dia 20, o governo anunciou o abatimento de R$ 25,6 bilhões da meta de superávit primário, o que reduziu de R$ 139,8 bilhões para R$ 114,2 bilhões o volume a ser economizado pela União, pelos estados e municípios neste ano.

Na avaliação de Maciel, os resultados fiscais serão melhores no final deste ano e no início de 2013, com expectativa de continuidade de reação da economia e consequente aumento de receitas pelo governo.

Maciel argumentou que, apesar de o crescimento da economia no terceiro trimestre deste ano comparado ao período anterior (0,6%) ter ficado abaixo de indicadores antecedentes, isso “não significa que o PIB não tenha mostrado reação importante”.

IEDI - O aumento de 0,6% da atividade econômica, de julho a setembro, comparado ao trimestre anterior, acena com uma melhora em relação aos aumentos de 0,2%, de janeiro a março, e de 0,1%, de abril a junho, mas, frustrou expectativas, e é revelador de que a economia não tem força, pelo menos nessa etapa inicial em que mostra algum sinal de recuperação da estagnação que durou mais de um ano.

O diagnóstico foi divulgado em nota do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) tão logo o IBGE anunciou o crescimento do PIB. A análise qualitativa do Iedi destaca o “baixo dinamismo econômico” no período analisado, e ressalta que o que mais contribuiu para o PIB foi a queda acentuada das importações de bens e serviços, quando se esperava mais do consumo doméstico e dos investimentos.

FIESP - Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2012 era esperado. “Embora a maioria dos analistas tenha se surpreendido, o crescimento de 0,6% deu um contorno numérico à sensação que tínhamos”, disse o presidente da federação, Paulo Skaf, por meio de nota.

A entidade avalia que os altos custos de produção inibem os investimentos privados. Entre os itens que contribuem para a elevação do custo, a entidade destaca a alta carga tributária, o custo dos empréstimos, o excesso de burocracia e o preço da energia elétrica.





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