Imprensa britânica destaca atuação de João Paulo II
Na avaliação do The Guardian, João Paulo II "humanizou e modernizou sua função, mas não sua Igreja". A publicação enfatizou seu papel no final da Guerra Fria e para a queda da Cortina de Ferro. Como erros, menciona sua férrea oposição ao uso de preservativos para combater a Aids e sua gestão na questão de acusações de pedofilia contra sacerdotes católicos.
Para o Financial Times, João Paulo II foi uma personalidade imponente e controvertida, impregnada de paradoxos. No entanto critica seu "absolutismo" em não aceitar ser controvertido. "Visto pela maioria como reacionário, sua insistência em relação à verdade eterna enviou claro sinal numa época de relativismo moral", afirma o jornal no editorial, que também sobressai a oposição de João Paulo II à pena de morte e à guerra no Iraque.
Já o Daily Telegraph, de direita, diz que João Paulo II "foi o maior papa dos tempos modernos e suas palavras e ações perdurarão enquanto existir a Igreja Católica Romana". Em outro ponto, vaticina que sua santificação é uma simples "questão de tempo".
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