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Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 07:46

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Londres - Uma personalidade "complexa e paradoxal", resume hoje o editorial do jornal britânico The Guardian dedicado a João Paulo II. "Sua influência vai superar sua vida e traçará a direção do futuro da Igreja Católica", prossegue o diário londrino, para quem o papa utilizou as peregrinações e as comunicações de massa para projetar novo significado ao título de santo padre.

Na avaliação do The Guardian, João Paulo II "humanizou e modernizou sua função, mas não sua Igreja". A publicação enfatizou seu papel no final da Guerra Fria e para a queda da Cortina de Ferro. Como erros, menciona sua férrea oposição ao uso de preservativos para combater a Aids e sua gestão na questão de acusações de pedofilia contra sacerdotes católicos.

Para o Financial Times, João Paulo II foi uma personalidade imponente e controvertida, impregnada de paradoxos. No entanto critica seu "absolutismo" em não aceitar ser controvertido. "Visto pela maioria como reacionário, sua insistência em relação à verdade eterna enviou claro sinal numa época de relativismo moral", afirma o jornal no editorial, que também sobressai a oposição de João Paulo II à pena de morte e à guerra no Iraque.

Já o Daily Telegraph, de direita, diz que João Paulo II "foi o maior papa dos tempos modernos e suas palavras e ações perdurarão enquanto existir a Igreja Católica Romana". Em outro ponto, vaticina que sua santificação é uma simples "questão de tempo".





Fonte: AP

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