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Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 01:36
Por: Ulisses Iarochinski

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Cracóvia - Desde o comunicado sobre a saúde do Papa João Paulo II pelo cardeal Joaquin Navarro Valls, às 12h30 horas de sexta-feira, no Vaticano, os fiéis de toda a Polônia pararam para acompanhar os desdobramentos pela televisão, ou para marchar à igreja mais próxima. Ninguém mais trabalhou. Ninguém mais estudou.

Na cidade natal de Karol Wojtyla, Wadowice, a 30 quilômetros de Cracóvia, as aulas foram suspensas e os alunos foram rezar em frente da casa onde ele nasceu. Em Cracóvia, onde o papa João Paulo II estudou, trabalhou, atuou e foi cardeal de 1964 a 1978, missas passaram a ser celebradas continuamente desde o início da tarde.

Milhares de pessoas foram rezar e cantar em frente da janela da Cúria Metropolitana. Na igreja franciscana ao lado da cúria, uma placa de prata no penúltimo banco assinala o local onde João Paulo II orava todas as manhãs e já se transformou no segundo local de peregrinação da cidade. O primeiro é a janela da cúria, onde o então cardeal Karol Wojtyla aparecia semanalmente para sua mensagem dominical. E voltou a aparecer já como papa durante as visitas que fez à cidade.

Os poloneses desejam que os restos mortais do Santo Padre sejam enterrados em Cracóvia, na catedral do Castelo de Wawel, onde estão as criptas dos reis poloneses, dos heróis históricos e do santo padroeiro da Polônia, Sw. Stanislaw, o cardeal assassinado a mando do Rei.

O centro da cidade de Cracóvia já amanheceu fechado no sábado. Todas as linhas de bondes elétricos que passam em frente à Cúria tiveram seus cursos desviados. Milhares de fiéis passaram a se concentrar dentro e fora das mais de dez igrejas do centro da cidade, distantes em média 200 metros uma da outra.

Ao ser dada a notícia da morte do pontífice, a reação foi de silêncio profundo, quebrado apenas pelo tocar incessante dos sinos das mais de 10 igrejas do centro histórico de Cracóvia. "Jan Pawel II nie zyje", ou "João Paulo II não vive". A frase ganhou as telas das televisões e ali permaneceu durante toda a noite.

Aos 15 minutos para a meia noite, o presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, em pronunciamento oficial em rede nacional de rádio e televisão afirmou que "não haveria liberdade para o povo polaco sem o papa João Paulo II".





Fonte: Agência Estado

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