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Domingo - 03 de Abril de 2005 às 23:30

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O uso irregular do filme de alta performance para vidros de carros, mais conhecido como insulfilm, tem sido uma das ocorrências mais freqüentes registradas pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPT) em Cuiabá. De janeiro até o dia 28 de março passado, 250 motoristas foram notificados para regularizar a situação, em ações isoladas ou em blitze programadas.

De acordo com o comandante do Batalhão de Trânsito, major Jadir Metello da Costa, o insulfim é uma película adesiva escurecedora para vidros que reduz os efeitos dos raios solares (calor), filtra os raios ultravioleta, a claridade, além de reduzir e impedir a visão de fora para dentro do veículo. Mas uma das principais vantagens é a sensível redução da temperatura interna do veículo, algo bastante bem-vindo numa cidade onde a temperatura costuma atingir a casa dos 40 graus centígrados.

Embora a utilização do filme esteja aprovada pela Resolução 73/98 da Lei 9503, de setembro de 1997, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é preciso estar atento a alguns detalhes. Em seu artigo 2º, a resolução diz que a aplicação de película não refletiva nas áreas envidraçadas dos veículos automotores será permitida, se observadas as condições seguintes: a transmissão luminosa (claridade) do conjunto vidro/película não poderá ser inferior a 75% no pára-brisa e 70% para os vidros laterais dianteiros (motorista e passageiro) e 50% nos demais.

Mas muitos deixam o bom senso de lado e desrespeitam os índices de transparência permitidos. As irregularidades mais freqüentes flagradas pelos policiais são os adesivos nos pára-brisas. “Muitos colocam só metade do pára-brisa, mas não é permitido”, disse.

Neste caso, conforme o major Costa, o motorista é notificado, tem o licenciamento recolhido e o prazo de 72 horas para retirar o adesivo. Assim que a situação é regularizada o licenciamento é devolvido. A multa varia de R$ 100 a R$ 150. “Na maioria das vezes o motorista tira o adesivo no local mesmo”, comentou.

A preocupação da polícia é que com a aplicação da película a visibilidade fica reduzida, especialmente à noite e em caso de chuva, colocando em risco a vida dos ocupantes do veículo e das outras pessoas.

Por outro lado, o major Costa comenta que a polícia tem procurado ser flexível. Isso porque, conforme ele, algumas pessoas decidem colocar o adesivo no carro por motivos de doença, uma vez que o filme filtra os raios solares e, particularmente os raios ultravioletas, responsáveis por doenças de pele e pelo desbotamento da forração interna do veículo.

Algumas pessoas também optam pelo insulfilm por aumentar a privacidade e segurança, já que reduz ou impede visualizar quem ou o que está dentro do interior do carro. Neste caso, o uso da película representa um efeito colateral: também é um inimigo da segurança pública, já que pode ser utilizado por bandidos que não querem ser vistos pela polícia.




Fonte: Diário de Cuiaba

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