Governo valoriza diversidade artística, cultural e turística
Do Araguaia ao Pantanal, do Cerrado a Chapada, artesãos, escultores e produtores culturais atestam a maior qualidade conferida nesta edição do evento, que buscou ofertar espaços mais adequados para exposição e divulgação dos produtos turísticos e culturais das diferentes regiões de Mato Grosso. Veterano em participação na Festa, o escultor Leotti, de Barra do Garças (509 km a Leste), acompanha o evento há 11 anos. "É a maior vitrine da diversidade artística, cultural e turística de Mato Grosso, com propostas de maior inserção dos ricos produtos apresentados, o que é demonstrado pelo crescimento no número de instituições que participam a cada ano", afirmou.
O escultor acrescenta ainda que a melhoria dos espaços, com mais infra-estrutura para atender os expositores, valorizou, também e principalmente, os pequenos artesãos e artistas plásticos que, em edições anteriores, não dispunham de um local adequado. "Podemos ver a preocupação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, em oferecer àqueles que expõem seus trabalhos nas ruas uma oportunidade aqui, dignificando o trabalho dos pequenos artesãos e também a festa", observou.
Dentro do complexo do Centro de Eventos do Pantanal, associações e cooperativas de artesãos, artistas plásticos e escultores de diversos Municípios do Estado ganharam um espaço adequado, com refrigeração para exposição dos trabalhos, a maioria confeccionada com matérias-primas extraídas de maneira sustentável ou com aproveitamento de materiais reciclados.
De madeira, bambu, argila, sementes da Amazônia, castanhas, papéis e alumínio reciclados, o público encontra opções de artesanato das mais variadas, como por exemplo, o trabalho do Movimento de Mulheres Artesãs de Chapada dos Guimarães, que integra mulheres chefes de família, dando oportunidade a cada uma de exercer uma atividade, além de gerar renda.
A artesã sinopense Lúcia Afonso também está no espaço expondo suas peças confeccionadas com sementes e castanhas da Amazônia. Ela já exporta as bijuterias para a França e Espanha e considera a festa uma excelente vitrine de oportunidades para os artistas do Interior mostrarem o trabalho que, muitas vezes, fica restrito a determinadas regiões do Estado. "É a valorização do Estado e dos nossos artesãos, que retiram seu trabalho da natureza sem afetá-la", disse.
"A procura pelos produtos economicamente sustentáveis é bem maior. Quem adquire valoriza a nossa produção e ainda divulga as belezas de nosso Estado", destacou o presidente da associação de Sinop, Janilton Reis.
Para o produtor cultural Ciro Gomes, de Barra do Garças, o processo de organização do evento implementado neste ano possibilitou que entidades ambientais pudesse ter participação mais ativa nas discussões e trabalho de sensibilização do processo turístico. "O respeito à diversidade ambiental faz com que o processo turístico possa ser conduzido de forma correta e possamos antever situações de risco para os ricos ecossistemas mato-grossenses", afirmou.
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