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Economia
Domingo - 03 de Abril de 2005 às 11:29
Por: Alana Gandra

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Rio - O número de fusões e aquisições de controle de empresas efetuadas no Brasil nos três primeiros meses deste ano, no total de 88 transações, foi o maior dos últimos quatro anos e revela crescimento de 19% na comparação a igual período do ano passado. Os dados foram divulgados pela consultoria internacional PricewaterhouseCoopers.

O incremento, segundo Raul Beer, sócio da Price, é um reflexo da recuperação da confiança dos investidores nacionais e estrangeiros no crescimento econômico do país. "Sem dúvida, é uma prova da vontade de investir, de ter resultados rápidos", assegurou. Beer destacou que há um ano e meio, mesmo se aparecia alguma excelente oportunidade de negócio, os investidores não queriam nem olhar e argumentavam que não era o momento de investir no Brasil, porque o panorama econômico era incerto.

"Hoje em dia, o que a gente vê é o contrário: muita análise e muito estudo sendo feitos, com tomada de decisão de investimentos. Esse crescimento reflete essa visão mais positiva e otimista dos agentes econômicos", avaliou.

O relatório revela que os investidores estrangeiros responderam por 56% das aquisições de controle e compras de participações minoritárias no primeiro trimestre de 2005. Esse é o maior volume de operações por estrangeiros dos últimos três anos, segundo a Price. Uma das operações foi realizada pelo Grupo Arcelor, resultante da fusão das empresas Arbed(Luxemburgo), Usinor (França) e Aceralia (Espanha), que por R$ 390 milhões adquiriu 8,07% do capital votante da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, pertencentes ao Bradesco, passando a deter 68,67% do capital votante e 58,48% do capital total da usina.

Raul Beer destacou também a compra da Dixie Toga, do setor de embalagens, que pertencia às famílias Haberfeld e Klabin. O grupo Bemis, dos Estados Unidos, desembolsou cerca de US$ 350 milhões, o que comprova "que a companhia, já com presença no Brasil, decidiu aprofundar seu comprometimento no país", visando atender à demanda de seus clientes mundiais.

Por setores, as áreas química e petroquímica concentraram a atração dos investidores entre os meses de janeiro e março deste ano, somando 13 negócios, que correspondem a 16% do total de transações efetuadas. O segundo lugar na preferência dos investidores foi o setor de bancos e estabelecimentos financeiros, com 12 transações, seguido do setor de comércio varejista, com nove operações de fusão e aquisição.

Raul Beer avaliou que o nível de crescimento do número de fusões e aquisições deve se manter ao longo de 2005, com base no movimento – observado pela Price – de investidores buscando e realizando negócios no país.




Fonte: Agência Estado

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