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Internacional
Sábado - 02 de Abril de 2005 às 14:45

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O polêmico porta-voz do antigo regime comunista da Polônia disse no sábado que não lamentará a morte do papa João Paulo 2o., a quem se atribui a inspiração para a revolução pacífica que acabou com o comunismo no país.

"Não posso dizer que lamentarei a morte dele. Como ateu, nunca me importei muito com a igreja ou o pontificado. Não gostava do fato de que o pontificado tivesse um peso tão grande na Polônia", disse Jerzy Urban à Reuters em uma entrevista por telefone.

Neste sábado, o papa, nascido na Polônia, alternava momentos de consciência e inconsciência, enquanto católicos do mundo inteiro se preparavam para sua morte. A saúde do pontífice, de 84 anos, teve uma súbita piora esta semana.

Urban foi porta-voz do governo comunista da Polônia, que golpeou duramente o movimento Solidariedade — liderado espiritualmente pela papa — antes de concordar relutantemente em promover as primeiras eleições parcialmente livres em 1989.

Já na Polônia democrática, Urban lançou o semanário provocativo "Nie" (Não), que ficou famoso por criticar a Igreja Católica, os políticos de direita e as autoridades morais tais como o papa.

Em janeiro, Urban foi autuado por um tribunal polonês por insultar o papa em um artigo de 2002 que zombava do pontífice, chamando-o de "Brezhnev do Vaticano", em referência ao famoso ex-líder da União Soviética.




Fonte: Reuters

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