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Centenas visitam pedra que "chora" em Roma
Centenas de pessoas estão visitando a Basílica de San Giovanni in Laterano, a mais antiga e também a mais importante da capital italiana, para ver se uma das pedras de mármore de seu interior está "chorando". Segundo uma antiga tradição romana, a grande lápide de mármore da tumba do papa Silvestre II (999-1003) começa a "suar, como se fosse um sereno", quando um papa está para morrer.
A pedra tem sido o objeto da curiosidade de católicos e turistas que querem comprovar se a tradição pode ou não ter razão. Desde que o Vaticano confirmou que o estado de saúde do papa João Paulo 2º é gravíssimo, as pessoas não entram na basílica apenas para rezar. Querem tocar no mármore e verificar se já está úmido.
"Acho que consigo ver algumas gotas de água", disse a enfermeira Santina Dizazzo. "Se você prestar mais atenção e olhar contra a luz, parece que o mármore está suando em determinados pontos."
A prima de Santina, a arquiteta Bianca Dizazzo, sente um pouco de vergonha de estar tocando a pedra para saber se o papa morrerá hoje ou não. "Estou aqui para acompanhar a minha prima, que sempre teve esta curiosidade", afirmou. "Acho horrível esta situação. As pessoas deveriam respeitar o sofrimento de um papa que está por morrer. Mas é assim mesmo que funciona: os romanos acreditam nesta tradição."
Ugo Ceccarius diz que tudo não passa de uma história popular, que se espalhou de boca-a-boca ao longo dos anos. "Acho que tudo isso não passa de uma grande invenção", disse ele, depois de tocar na lápide e afirmar que ela estava "um pouco fria". "Não consigo ver nenhuma gota de água. Muitas vezes, as pessoas acreditam em coisas que podem nem ser verdade."
Antigo Vaticano
A história que envolve a principal catedral de Roma, que no século 4 era o centro da vida cristã para o mundo e já foi o antigo Vaticano, é contada com detalhes por todos os seus funcionários e padres.
Eles estão sempre disponíveis para ajudar os turistas que desconhecem a lenda, mas querem saber o motivo por que tantas pessoas insistem em tocar a lápide do papa morto há mais de mil anos, localizada a poucos metros da entrada principal.
Um dos padres da basílica, que pediu para ser identificado apenas com o nome de Paolo, mas não se negou a tocar a pedra para fazer a prova, disse que o papa Silvestre II foi quem introduziu o uso dos números árabes. Silvestre II marcou seu pontificado por ter ultrapassado o famoso ano 1000, que se dizia crucial para "um juízo universal". Falavam que era "1000 e nada mais". O mundo acabaria ali.
Conforme o padre Paolo, a pedra realmente começa a "chorar" quando um papa está por morrer. Ele diz que não existe nenhuma explicação científica, mas muitas pessoas foram testemunhas de que isso aconteceu em vezes anteriores. "Ela está seca", disse o padre ao tocar a grande pedra de mármore e sair rapidamente em direção à sacristia com um grande sorriso nos lábios. "O santo padre ainda está vivo."
A pedra tem sido o objeto da curiosidade de católicos e turistas que querem comprovar se a tradição pode ou não ter razão. Desde que o Vaticano confirmou que o estado de saúde do papa João Paulo 2º é gravíssimo, as pessoas não entram na basílica apenas para rezar. Querem tocar no mármore e verificar se já está úmido.
"Acho que consigo ver algumas gotas de água", disse a enfermeira Santina Dizazzo. "Se você prestar mais atenção e olhar contra a luz, parece que o mármore está suando em determinados pontos."
A prima de Santina, a arquiteta Bianca Dizazzo, sente um pouco de vergonha de estar tocando a pedra para saber se o papa morrerá hoje ou não. "Estou aqui para acompanhar a minha prima, que sempre teve esta curiosidade", afirmou. "Acho horrível esta situação. As pessoas deveriam respeitar o sofrimento de um papa que está por morrer. Mas é assim mesmo que funciona: os romanos acreditam nesta tradição."
Ugo Ceccarius diz que tudo não passa de uma história popular, que se espalhou de boca-a-boca ao longo dos anos. "Acho que tudo isso não passa de uma grande invenção", disse ele, depois de tocar na lápide e afirmar que ela estava "um pouco fria". "Não consigo ver nenhuma gota de água. Muitas vezes, as pessoas acreditam em coisas que podem nem ser verdade."
Antigo Vaticano
A história que envolve a principal catedral de Roma, que no século 4 era o centro da vida cristã para o mundo e já foi o antigo Vaticano, é contada com detalhes por todos os seus funcionários e padres.
Eles estão sempre disponíveis para ajudar os turistas que desconhecem a lenda, mas querem saber o motivo por que tantas pessoas insistem em tocar a lápide do papa morto há mais de mil anos, localizada a poucos metros da entrada principal.
Um dos padres da basílica, que pediu para ser identificado apenas com o nome de Paolo, mas não se negou a tocar a pedra para fazer a prova, disse que o papa Silvestre II foi quem introduziu o uso dos números árabes. Silvestre II marcou seu pontificado por ter ultrapassado o famoso ano 1000, que se dizia crucial para "um juízo universal". Falavam que era "1000 e nada mais". O mundo acabaria ali.
Conforme o padre Paolo, a pedra realmente começa a "chorar" quando um papa está por morrer. Ele diz que não existe nenhuma explicação científica, mas muitas pessoas foram testemunhas de que isso aconteceu em vezes anteriores. "Ela está seca", disse o padre ao tocar a grande pedra de mármore e sair rapidamente em direção à sacristia com um grande sorriso nos lábios. "O santo padre ainda está vivo."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349445/visualizar/
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