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Internacional
Sábado - 02 de Abril de 2005 às 10:14

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A Praça de São Pedro do Vaticano transformou-se no centro de peregrinação onde milhares de fiéis vão rezar pelo papa e acompanhar sua lenta agonia.

Na manhã de hoje, sábado, os cidadãos começaram novamente a chegar às imediações da esplanada vaticana, onde ontem à noite mais de 60.000 pessoas foram dar seu apoio a Karol Wojtyla, que fez da aproximação com os fiéis um fator constante em seu pontificado.

Os religiosos, turistas e curiosos que enchem o local têm os olhos voltados para o Palácio Apostólico vaticano, situado em um dos lados da monumental praça e onde João Paulo II passa seus últimos momentos de vida.

De famílias inteiras com rosários até freiras que aguardam em silêncio com o ouvido grudado em um rádio - à espera de notícias sobre o chefe da Igreja Católica -, a Praça de São Pedro se tornou um reflexo da ansiedade e tristeza de milhões de católicos de todo o mundo.

O fluxo incessante de fiéis promete aumentar ainda mais, por isso as autoridades italianas finalizam os preparativos para enfrentar a situação, com medidas parecidas a quando o Vaticano foi centro de peregrinação em outras ocasiões.

Os carabineiros (polícia militarizada) que normalmente vigiam a área receberam o reforço de membros da guarda municipal e da polícia, e algumas ambulâncias foram para o local no caso de acontecer algum caso de emergência, dado o grande fluxo de pessoas.

A Cruz Vermelha italiana anunciou que nas próximas horas colocará dois postos de atendimento nas imediações do Vaticano.

Enquanto isso, no aeroporto romano de Fiumicino começaram a chegar, junto com os turistas habituais, centenas de peregrinos que vão diretamente rezar na Praça de São Pedro.

"Estamos vivendo estas horas com grande ansiedade; estamos perto do Santo Padre e sofremos com ele", dizia à imprensa italiana a argentina Paula Corrias, recém-chegada à capital.

No próprio aeroporto, dez jovens que vieram de Madri para rezar pelo Pontífice diziam esperar que a agonia de João Paulo II não se prolongue muito.

Muitos estrangeiros já chegaram ao Vaticano, mas a maioria dos presentes nas imediações da Santa Sé é composta por italianos, em grande parte vindos de outras cidades do país.

Para evitar que a situação saia do controle, a companhia nacional da ferrovia, Ferrovie dello Stato, aumentou o número de funcionários nas salas de operação e nos escritórios de atendimento ao cliente das diversas estações do país.

A tensão aumenta entre as centenas de jornalistas dos diversos meios de comunicação de todo o mundo que há mais de 24 horas montam guarda ao redor da Praça de São Pedro.

Discretamente, as autoridades que vigiam a área impedem que os repórteres e fotógrafos cheguem à esplanada para entrevistar os fiéis que rezam, por isso a maioria faz as transmissões das cercanias ou em bancadas, estrategicamente colocadas em edifícios da área.

No início da manhã, vários operários começaram a desmontar o altar provisório que geralmente fica instalado na escada da Basílica de São Pedro.

Enquanto alguns meios de imprensa consideram que a retirada do altar está prevendo o funeral do Pontífice, que aconteceria na Basílica, outros dizem que o objetivo é, simplesmente, dar mais espaço para os fiéis.




Fonte: EFE

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