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Nacional
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 23:37

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Foi preso nesta sexta-feira, em Vitória (ES), o juiz Antônio Leopoldo Teixeira, acusado de matar o também juiz Alexandre Martins de Castro Filho, em 24 de março de 2003. A detenção ocorreu quando Teixeira prestava depoimento ao desembargador Pedro Valls Feu Rosa, no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, como parte do inquérito que investiga seu envolvimento na morte do colega. O magistrado foi recolhido ao quartel central da Polícia Militar, no bairro Maruípe, em Vitória.

A prisão foi solicitada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e acatada pelo Tribunal de Justiça, que determinou a prisão temporária por trinta dias, enquanto a investigação continua em andamento.

Teixeira também é acusado de venda de sentenças, coação de servidores do judicário, favorecimento e redução de penas e proteção a pistoleiros capixabas que erem encaminhados para a Colônia Penal de Viana, em regime semi-aberto, de onde os presos podiam sair para praticar crimes com alíbis perfeitos.

Ele ainda responde a um processo administrativo instaurado pelo Tribunal de Justiça e presidido pelo desembargador-corregedor Frederico Pimentel.

A Polícia Civil investigava o envolvimento de Teixeira na morte do colega há dois anos. O inquérito policial foi instaurado por determinação do secretário de segurança Rodney Rocha Miranda, logo após a prisão dos executores do crime.

Na segunda-feira, dia 28, quando encaminhou o inquérito à Justiça, o secretário de segurança anunciou que o juiz estava sendo indiciado como o mandante. Em consequência disso, ele foi afastado de suas funções da Vara de Órfãos por decisão do Tribunal Pleno, que decidiu por uninimidade pelo seu afastamento até a conclusão das investigações.

Na terça-feira, o juiz acusado concedeu uma entrevista coletiva na qual negou qualquer envolvimento com o crime e afirmou que, no dia do crime, havia viajado para Belo Horizonte a fim de participar de um encontro reunindo cerca de 3,2 mil pastores na Igreja Getsemani, na capital mineira.

Ele prometeu também fazer declarações bombásticas a respeito do crime e desafiou o secretário de segurança a revelar o nome de outros membros do Judiciário envolvidos no caso.

O juiz preso ocupou a Vara de Execuções Penais de Vitória e foi afastado da Vara de Órfãos e Sucessões pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo.




Fonte: JB Online

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