Júri do caso Jackson ouve antigas acusações

Os jurados do caso Michael Jackson, em que o cantor é acusado de abuso sexual, ouviram pela primeira vez, nesta sexta-feira, antigas alegações de abuso feitas contra o astro pop 12 anos atrás.

onA revelação crítica se deu durante o testemunho de Larry Feldman, o advogado que representava na época um jovem de 13 anos que acusou o autoproclamado rei do pop de acariciá-lo em 1993, em um caso que ficou famoso pelo acordo milionário de mais de US$ 20 milhões.

Foi com o próprio Feldman que a família do atual denunciante de Jackson buscou aconselhamento legal momentos antes de alertar as autoridades de que Jackson teria cometido abusos contra o jovem que na época tinha 13 anos.

Feldman disse que a família do atual demandante o contactou por intermédio de outro advogado e que ele, então, encaminhou o menino, seu irmão, sua irmã e sua mãe para um psicólogo, que os entrevistou. Após estas entrevistas iniciais com o psicólogo Stan Katz, que no início da semana depôs no caso, mas não revelou o que lhe disseram, a família voltou a se reunir com Feldman para discutir os próximos passos a dar.

"Eu voltei a chamar a família para uma reunião em meu consultório", contou Feldman aos jurados.

"O tema era o que foi dito ao doutor Katz, o que ele me disse e as possíveis atitudes a tomar", acrescentou.

Feldman descreveu como ele, então, contactou os promotores do condado de Santa Bárbara, que depois apresentariam denúncia contra Jackson, após abordar o serviço de proteção à criança para relatar que o jovem havia dito sobre sua experiência com Jackson.

Mas o advogado insistiu que na época o jovem não tinha a intenção de apresentar um processo civil pedindo dinheiro a Jackson.

Quando perguntado na corte pelo promotor distrital de Santa Bárbara, Tom Sneddon, se ele tinha a intenção de apresentar um processo contra Jackson quando encontrou Sneddon, Feldman respondeu: "Nada de processo, eu não vou apresentar um processo".

Os advogados do astro afirmam que a família fez estas alegações após encontrar Feldman, que articulou o acordo multimilionário em 1993 para tirar dinheiro do cantor.