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Nacional
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 19:17
Por: João Naves de Oliveira

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Das cinco crianças indígenas desnutridas, levadas dos hospitais do interior de Mato Grosso do Sul para a Santa Casa de Campo Grande em março, três morreram. A última foi o bebê guarani-caiová Alex Rodrigues de Oliveira, de quatro meses, 5a. feira (31/03), oito horas após a internação na Santa Casa.

É o 15ª morte por desnutrição deste ano, fato que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), responsável pela assistência médico-hospitar dos índios, nega. Os dirigentes da instituição garantem que apenas um menor indígena foi vítima da fome este ano.

Entretanto, segundo registro da Santa Casa, no dia 22 de março morreu no mesmo hospital Vitória Acosta, de um mês. A menina, desnutrida, chegou de Dourados para ser tratada. No sábado (26), Alex Curtilho, de nove meses, também internado na Santa Casa, morreu de infecção generalizada, conforme o atestado de óbito. Quando deu entrada no hospital, dia 10 último, o diagnóstico foi desnutrição.

DOENÇAS GRAVES

O coordenador regional da Funasa, Gaspar Hickman, diz que as outras 14 mortes foram provocadas por doenças graves. O pediatra e presidente da Santa Casa, Rubens Trombine, confirma que a desnutrição provocou a morte das três crianças.

Em Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande, região sul do Estado, onde vivem os caiovás, um relatório médico descreve a situação de dez crianças indígenas internadas no Hospital da Mulher, de novembro de 2004 a março de 2005.

Elas, segundo o documento, chegaram na unidade em "estado de vulnerabilidade, fragilizados e apresentando estado grave de infecção pulmonar, outras com infecção renal e gastroenterocolite aguda, pneumonia, debilitação, infecção de pele e urinária entre outros quadros, como conseqüências da desnutrição".




Fonte: 24 Horas News

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