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Internacional
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 18:42

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Vaticano - Uma porta de bronze se fecha, as venezianas são cerradas, os sinos dobram. Uma música sombria toma conta do ambiente. Todos esses são sinais de que um papa morreu. Ao longo dos séculos, o mais tradicional e evidente sinal da morte de um pontífice tem sido o toque dos sinos do Vaticano, aos quais juntam-se as igrejas de Roma.

Também ocorre o fechamento simbólico do Portal de Bronze, um pesado portão sob um dos pórticos da Praça São Pedro, que é fechado quando morre um papa e só é reaberto quando um novo pontífice é eleito.

Em 1978, porém, quando dois papas morreram num intervalo muito curto, a tradição do Portal de Bronze foi ignorada. Sob circunstâncias normais, o portão é fechado todas as noites por volta das 20h e reaberto pela manhã, tornando-o inadequado para um anúncio noturno.

Os fiéis também estão de olho nas venezianas das duas janelas do apartamento de João Paulo II de frente para a Praça de São Pedro. Alguns dizem que o fechamento das venezianas pode ser o primeiro sinal palpável de morte do papa.

A tradição exige que o vigário do papa para a Diocese de Roma, cardeal Camillo Ruini, faça o anúncio formal para os romanos. O Vaticano certamente informaria a imprensa em primeira mão, seja pela Rádio Vaticano, que então passaria a tocar uma música fúnebre, ou por intermédio do porta-voz do papa, Joaquín Navarro-Valls. É provável que o mundo já esteja alertado quando Ruini der a notícia.

Tradição

A tradição formal do Vaticano exige mais ou menos os seguintes passos:

Quando um papa morre, o chefe da casa papal, atualmente o arcebispo americano James Harvey, avisa o camerlengo, ou camareiro, pessoa mais importante à frente da Santa Sé enquanto um novo papa não é escolhido. O camerlengo, atualmente o cardeal espanhol Eduardo Martinez Somalo, deve confirmar a morte do papa. No passado, isto era feito batendo um martelo de prata na cabeça do pontífice, depois da confirmação clínica de sua morte.

A seguir, o camerlengo repassa a notícia da morte ao vigário do papa para a Diocese de Roma, que então informa o povo da cidade. Por sua vez, o chefe da casa papal alerta o decano do colégio cardinalício, atualmente o cardeal Joseph Ratzinger, que repassa a informação ao restante do colégio, aos embaixadores acreditados na Santa Sé e aos chefes de Estado ao redor do mundo.




Fonte: AP

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