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Tecnologia
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 15:45
Por: Clarrisa Oliveira

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São Paulo - O setor de software está comemorando a notícia de que o BNDES reformulou as linhas de financiamento concedidas para estimular as empresas da área a ampliarem sua competitividade nos mercados externo e interno. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), as mudanças anunciadas esta semana pelo banco devem ajudar a estimular as vendas na área e fortalecer as empresas interessadas em exportar para outros mercados.

De acordo com o presidente da entidade, Jorge Sukarie Neto, tudo indica que o BNDES está caminhando em direção a uma flexibilização das normas para ajudar o setor a cumprir a meta de exportar US$ 2 bilhões em software e serviços correlatos até 2007, fixada com a inclusão do setor na Política Industrial do governo Lula. "É importante que tenhamos empresas sólidas, capazes de dar uma credibilidade ao negócio, se quisermos ampliar nossa presença no exterior", afirmou Sukarie. "A impressão que temos é de que o interesse final dessas novas modalidades é fazer com que tenhamos empresas fortes para exportar", acrescentou.

Uma das principais novidades anunciadas pelo BNDES se refere à concessão de financiamento à empresas que quiserem adquirir software produzido no País e será feita por meio do Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços Correlatos (Prosoft). Sukarie explica que, até hoje, os recursos concedidos pelo banco tinham como principal alvo o próprio desenvolvimento de programas de informática no País. Segundo ele, a dificuldade que o setor corporativo enfrenta para obter recursos para esse tipo de contrato sempre agiu como um obstáculo para impulsionar as vendas no mercado de software. "Os bancos comuns não concedem financiamento para a compra de software por não terem uma garantia, o que acaba inibindo investimentos nessa área", explica.

Além da nova linha de crédito, o setor vai se beneficiar das novas normas anunciadas pelo banco para o incentivo às exportações dos chamados "bens intangíveis". Nesse caso, tanto o mercado de software quanto outros segmentos da economia obtiveram a redução de 65% para 35% do índice exigido de participação de bens físicos vinculados. O objetivo é evitar que algumas empresas enfrentem dificuldades para exportar simplesmente por não possuírem um produto físico atrelado aos serviços que pretendem comercializar no exterior.

Sukarie explica que, apesar de o BNDES oferecer linhas de financiamento para o setor de software há vários anos, as empresas interessadas enfrentavam uma série de dificuldades para ter acesso ao dinheiro. "Esse sistema era extremamente burocrático e envolvia requisitos para a concessão dos financiamentos que praticamente nenhuma empresa conseguia cumprir", explicou Sukarie. "No fim das contas, o volume de dinheiro liberado nos últimos anos foi muito baixo e beneficiou poucas empresas."




Fonte: Agência Estado

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