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Internacional
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 12:30

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O proprietário do popular jornal britânico Daily Mail, lorde Rothermere, enviou vários telegramas em apoio a Adolf Hitler e classificou seu trabalho como "sobre-humano" pouco antes de o ditador nazista iniciar a Segunda Guerra Mundial.

Várias mensagens de Lorde Rothermere à Berlim do Terceiro Reich estão entre os primeiros documentos secretos divulgados pelo Ministério de Assuntos Exteriores do Reino Unido.

Os documentos mostram também como, desde 1906, os serviços de espionagem britânicos elaboraram planos detalhados para infiltrar agentes na Europa no caso de uma guerra com a Alemanha.

No final de 1938, os agentes do MI6 informaram a seus superiores em Londres que Hitler considerava o Reino Unido como o "inimigo número um".

No entanto, altos funcionários do governo não acreditaram nestas informações, e um deles chegou a afirmar que com elas os espiões não faziam mais do que justificar a missão secreta que o governo tinha encomendado.

Em dezembro de 1938, os chefes dos serviços de inteligência alertaram sobre a periculosidade do caráter de Hitler, que descreveram como uma mistura de "fanatismo, misticismo, crueldade, astúcia, vaidade e mudanças bruscas de humor, que o levam da exaltação à depressão...e só podem ser classificados como acessos de loucura".

Nessas circunstâncias, o proprietário do Daily Mail escreveu a Hitler uma carta em que o chamava de "Querido Fürer" e lhe dizia ter acompanhado "com compreensão e interesse os progressos de seu grande e sobre-humano trabalho na regeneração de seu país".

"O povo britânico, agora como a Alemanha fortemente armado, vê com admiração o povo alemão", afirmava lorde Rothermere, segundo o qual se Hitler trabalhasse a favor do restabelecimento da "velha amizade" entre os dois países, seria considerado pelos britânicos como um herói popular, como consideravam ao rei Frederico da Prússia.

Em julho de 1939, lorde Rothermere pediu ao lugar-tenente de Hitler, Rudolf Hess, que ajudasse a resolver "todos os problemas pendentes", organizando uma conferência internacional porque, insistia, não há "diferenças entre os interesses da Alemanha e da Grã- Bretanha. O nosso mundo é suficientemente grande para os dois países".





Fonte: EFE

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