Governo discute a implantação de Jardim Botânico em Cuiabá
A criação do Jardim Botânico em Cuiabá possibilitará também a implantação do laboratório de transformação e viveiro de plantas do Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas com fins Terapêuticos e Alimentares (Fitoplama). O programa visa melhorar a qualidade de vida da população, utilizando para isso a flora mato-grossense abundante e à disposição de todos na fabricação de medicamentos naturais.
A proposta de instalação do Jardim Botânico/Centro de Biotecnologia do Cerrado é na antiga área de fomento agrícola da Empaer, localizada na região da Comunidade do Sucuri, próxima à fábrica da Ambev, em Cuiabá. A área possui 71 hectares e um grupo de especialistas já vistoriou o local a fim de identificar as espécies vegetais e animais e aferir se a área serve para a implantação do Programa.
Dois professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ficaram responsáveis por este levantamento. Já o arquiteto Jeaneto Gentilini vem atuando como uma espécie de consultor profissional especializado na área. “Foram identificados três ambientes distintos, sendo eles cerrado, mata ciliar e uma área alagável. Isso demonstra uma potencialidade paisagística, além da diversidade em espécies de fauna e flora”, destacou.
Segundo a secretária-adjunta de Projetos Estratégicos da Setec, Neide Mendonça, a Secretaria está diretamente envolvida no desenvolvimento deste projeto porque ele implementa e formula políticas públicas voltadas para a valorização da cidadania e para a garantia da qualidade de vida, através do direito à saúde. “O Fitoplama incentiva a agricultura familiar e garante o uso ordenado dos recursos naturais visando o desenvolvimento sócio-econômico com qualidade ambiental, sendo possível inclusive a comercialização dos produtos, gerando emprego e renda”.
A área onde se pretende implantar o Jardim Botânico já foi disponibilizada pelo Governo do Estado através da Empaer. “O que falta é a criação de uma Lei que faz a determinação desta área. Em seguida, o Jardim Botânico de Cuiabá deverá ser registrado no Conselho Nacional de Jardins Botânicos. Este Conselho regulamenta essas áreas que devem respeitar um padrão de preservação e educação ambiental, além de divulgação de informações de conhecimento científico”, explicou o arquiteto de Brasília.
Para a Secretária Terezinha Maggi, a criação do Jardim Botânico só enriquece a região. “Estimula o desenvolvimento do turismo local, propiciando lazer orientado à população. Promoverá também a educação ambiental. Trata-se de um local onde serão desenvolvidas pesquisas sobre a flora, especialmente a medicinal. Os visitantes terão acesso às terapias complementares de saúde”, ressaltou.
DETERMINAÇÃO HISTÓRICA
Em 1825, através de uma portaria do rei D. Pedro I, foram autorizadas a criação e implantação do Jardim Botânico em Cuiabá. Passaram-se 180 anos e essa deliberação imperial ainda não foi atendida. Somente em agosto de 2004, a proposta do Jardim Botânico em Cuiabá foi recuperada com estudos desenvolvidos pelo governador Blairo Maggi, por meio da Setec e da Empaer, durante os trabalhos do grupo elaborador do programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas - Fitoplama.
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