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Sexta - 01 de Abril de 2005 às 09:13
Por: Márcia Oliveira

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O computador portátil (notebook) é a mais nova moeda de troca da bandidagem na Capital. Inserido no visado grupo dos eletroeletrônicos, ele tem várias vantagens em relação aos seu pares: é caro (a partir de R$ 2,5 mil) e fácil de transportar.

A busca dos ladrões pelo equipamento, no entanto, não é nova. Ela foi verificada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá no início de 2004, quando consultórios médicos, escritórios de serviços, escolas, motoristas e até órgãos públicos passaram a ser as vítimas desses ladrões.

Na noite de quarta-feira (30), depois de esperar 40 minutos por sua mulher, na porta do colégio Isaac Newton, no bairro Baú, o jornalista Aclise de Medeiros, 45, resolveu abrir seu notebook, dentro do carro de vidros escuros e fechados.

Cinco minutos depois, Medeiros se apavorou com a imagem de um motoqueiro que apontou uma arma para sua cabeça e exigiu o aparelho. "Na hora achei que ele ia me matar e só conseguia dizer que eu era o cara. Já ouvi as pessoas contando que, na situação, vêm cenas da vida, lembra de fatos e etc. Eu só conseguia pensar que ele ia me matar".

Segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de janeiro a março de 2005, foram registrados o roubo e o furto de 1.618 eletroeletrônicos na Capital.

O setor de estatística do órgão não tem como especificar quantos desses aparelhos eram notebooks.

Na Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, a região dos bairros Baú e Lixeira é conhecida como vítima freqüente de ladrões de computadores normais e portáteis.

No ano passado, a dupla Vagner Bruno de Oliveira, 20, e Cleiton da Silva, 22, foi presa depois de voltar no local do crime, uma semana depois de furto. Eles foram reconhecidos pelas vítimas e a polícia foi chamada.

A dupla agia a pé e para roubar simulava a venda de algum serviço, geralmente a instalação de toldos. "Eles eram terríveis. Entravam nas empresas, diziam que tinham ido instalar equipamentos e, enquanto um desviava a atenção dos funcionários, o outro pegava o aparelho e saia a pé. Sempre bem vestidos, não despertavam o temor", contou uma agente da Delegacia.

Oliveira está preso. Ele foi detido em flagrante aplicando o mesmo golpe na semana passada. Já Silva, tem o destino desconhecido.

Segundo informações extra-oficiais, somente nesta semana seis computadores portáteis foram roubados em Cuiabá.

Reação - Numa operação realizada na tarde de ontem a Roubos e Furtos de Cuiabá encontrou quatro notebooks, vários no-breaks, máquinas fotográficas e celulares na casa de número 609, da rua Tabatinga, bairro Novo Terceiro.

"A casa era alugada e não prendemos o responsável pelos roubos. Sabemos que tudo que estava lá é produto de crime e vamos atrás do receptador", disse o delegado Douglas Turíbio.




Fonte: A Gazeta

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