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Santa Catarina já pode delinear área de risco de Chagas
Florianópolis - O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luiz Antonio Silva, afirmou que agora há segurança para delimitar a área da transmissão do surto de doença de Chagas. Com a descoberta de um exemplar de uma subespécie do barbeiro e de uma gambá, ambos portadores do Trypanosoma cruzi, nas proximidades do Barracão da Penha II, os cuidados devem se concentrar apenas nas pessoas que consumiram caldo de cana no local entre os dias 13 e 20 de fevereiro.
As buscas pelos transmissores da doença de Chagas prosseguem na região com uma equipe de 20 pessoas das Vigilâncias Epidemiológicas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, Polícia Militar de Proteção Ambiental e Secretaria da Saúde de Navegantes. No domingo, devem chegar a Florianópolis os epidemiologistas da Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. Eles trabalharão exclusivamente nas análises clínicas, dando suporte científico aos profissionais catarinenses, já que não havia histórico da doença no Estado sulista.
Luiz Antonio Silva informou ainda que 13 pessoas estão internadas com diagnóstico de doença de Chagas confirmado. "Elas continuam no hospital para que seja feito o acompanhamento do tratamento e estão tendo uma boa resposta à medicação", disse ele. Ainda falta determinar como o caldo de cana foi infectado. A Vigilância trabalha com três hipóteses: o barbeiro pode ter sido moído durante o preparo do caldo; o barbeiro pode ter infectado a cana durante o seu armazenamento; a cana pode ter sido contaminada pelas secreções de gambá.
Normas - Raquel Bittencourt, da Vigilância Sanitária do Estado, disse que novas normas de estocagem, manipulação e higiene estão sendo elaboradas com a Anvisa para disciplinar não só a venda do caldo de cana, mas de todos os sucos naturais. "Isso vai valer em âmbito nacional, e permitirá que a população possa voltar a consumir o caldo de cana ou qualquer outro tipo de suco com segurança".
Para garantir que essas regras sejam cumpridas, o diretor da Área de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ricardo Oliva, adiantou que a própria agência, o Sebrae e a Caixa Econômica Federal irão dispor de uma linha de financiamento para as pessoas que comercializam suco in natura.
Estabelecimento - Desolado, Sidney Alves está aguardando o resultado final das investigações que estão apontando seu quiosque como a fonte da transmissão da doença. Depois vai decidir o que fazer, já que sua loja, estabelecida há quatro anos na altura no km 111 da BR-101, registrou uma queda de 70% no movimento. "Nunca tivemos nenhuma notificação da Vigilância Sanitária, apenas orientações", afirmou o comerciante, para comprovar que sempre cumpriu as normas de higiene e limpeza.
Alves mostra suas instalações e garante que tudo foi montado para evitar a presença de insetos e outros parasitas no estabelecimento. A moenda, que está lacrada, tem apenas dois anos de uso. A cana era guardada em um local próprio, fechado. Segundo ele, como sua loja atende basicamente turistas do Paraná e São Paulo, deveriam ter surgido mais casos nesses Estados. "Atendemos pouca gente da nossa região", diz ele, que estranha a investigação apontar apenas seu estabelecimento.
O caldo de cana, conforme explicou, "é uma pequena grande parte do seu negócio". Isto é, serve mais como atrativo aos clientes, que param para beber e acabam consumindo salgadinhos e comprando conservas, queijos, cebola, vinhos e cachaça, todos produtos regionais, além de panelas de ferro, utensílios de madeira e lembranças. Por isso, disse ele, "nunca nos preocupamos em saber quantos copos de caldo de cana vendemos por dia".
O Barracão da Penha II não sofrerá nenhuma punição, disse o diretor da Vigilância Epidemiológica, já que o caso foi uma "fatalidade". Na sua opinião, Alves poderá retomar seus negócios sem problemas após se adequar às novas normas para vender de caldo de cana in natura. "O quiosque é bem instalado", afirmou o diretor.
As buscas pelos transmissores da doença de Chagas prosseguem na região com uma equipe de 20 pessoas das Vigilâncias Epidemiológicas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, Ministério da Saúde, Polícia Militar de Proteção Ambiental e Secretaria da Saúde de Navegantes. No domingo, devem chegar a Florianópolis os epidemiologistas da Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. Eles trabalharão exclusivamente nas análises clínicas, dando suporte científico aos profissionais catarinenses, já que não havia histórico da doença no Estado sulista.
Luiz Antonio Silva informou ainda que 13 pessoas estão internadas com diagnóstico de doença de Chagas confirmado. "Elas continuam no hospital para que seja feito o acompanhamento do tratamento e estão tendo uma boa resposta à medicação", disse ele. Ainda falta determinar como o caldo de cana foi infectado. A Vigilância trabalha com três hipóteses: o barbeiro pode ter sido moído durante o preparo do caldo; o barbeiro pode ter infectado a cana durante o seu armazenamento; a cana pode ter sido contaminada pelas secreções de gambá.
Normas - Raquel Bittencourt, da Vigilância Sanitária do Estado, disse que novas normas de estocagem, manipulação e higiene estão sendo elaboradas com a Anvisa para disciplinar não só a venda do caldo de cana, mas de todos os sucos naturais. "Isso vai valer em âmbito nacional, e permitirá que a população possa voltar a consumir o caldo de cana ou qualquer outro tipo de suco com segurança".
Para garantir que essas regras sejam cumpridas, o diretor da Área de Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ricardo Oliva, adiantou que a própria agência, o Sebrae e a Caixa Econômica Federal irão dispor de uma linha de financiamento para as pessoas que comercializam suco in natura.
Estabelecimento - Desolado, Sidney Alves está aguardando o resultado final das investigações que estão apontando seu quiosque como a fonte da transmissão da doença. Depois vai decidir o que fazer, já que sua loja, estabelecida há quatro anos na altura no km 111 da BR-101, registrou uma queda de 70% no movimento. "Nunca tivemos nenhuma notificação da Vigilância Sanitária, apenas orientações", afirmou o comerciante, para comprovar que sempre cumpriu as normas de higiene e limpeza.
Alves mostra suas instalações e garante que tudo foi montado para evitar a presença de insetos e outros parasitas no estabelecimento. A moenda, que está lacrada, tem apenas dois anos de uso. A cana era guardada em um local próprio, fechado. Segundo ele, como sua loja atende basicamente turistas do Paraná e São Paulo, deveriam ter surgido mais casos nesses Estados. "Atendemos pouca gente da nossa região", diz ele, que estranha a investigação apontar apenas seu estabelecimento.
O caldo de cana, conforme explicou, "é uma pequena grande parte do seu negócio". Isto é, serve mais como atrativo aos clientes, que param para beber e acabam consumindo salgadinhos e comprando conservas, queijos, cebola, vinhos e cachaça, todos produtos regionais, além de panelas de ferro, utensílios de madeira e lembranças. Por isso, disse ele, "nunca nos preocupamos em saber quantos copos de caldo de cana vendemos por dia".
O Barracão da Penha II não sofrerá nenhuma punição, disse o diretor da Vigilância Epidemiológica, já que o caso foi uma "fatalidade". Na sua opinião, Alves poderá retomar seus negócios sem problemas após se adequar às novas normas para vender de caldo de cana in natura. "O quiosque é bem instalado", afirmou o diretor.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349799/visualizar/
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