Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quinta - 31 de Março de 2005 às 21:12

    Imprimir


Terri Schiavo morreu em paz e com dignidade como queria seu marido, disse hoje George Felos, o advogado que defendeu o direito legal da doente terminal de morrer após 15 anos em estado vegetativo. "Nosso principal objetivo era que Terri morresse em paz e com dignidade e conseguimos isso", afirmou Felos.

O advogado acrescentou que essa foi a razão de ele e seu cliente, Michael Schiavo, não terem dado entrevista nos últimos três dias. Ao responder a uma pergunta sobre como se sentia Michael Schiavo, Felos afirmou que ele, que "sempre amou profundamente Terri, sente um grande dor" e que não tem "nenhum sentimento de rancor".

Felos negou a afirmação do sacerdote Frank Pavone, que atuou como porta-voz dos pais do doente, e que disse minutos após sua morte que se tratou de "um assassinato". O sacerdote acrescentou que o falecimento "mostrou até o último momento a crueldade de Michael Schiavo, que não permitiu que a família estivesse com ela quando morreu".

O advogado rejeitou essas acusações, classificando-as como "no mínimo impróprias" e elogiou as declarações do reverendo Jesse Jackson. Após se reunir com os pais de Terri, Bob e Mary Schindler, e com Michael Schiavo, Jackson fez um apelo à reunificação da família.

A família de Terri disse que ela foi libertada de seu martírio na terra quando morreu nesta quinta-feira, ao agradecer a todas as pessoas que lutaram para evitar seu falecimento. Em uma conferência na qual não foram admitidas perguntas, a irmã de Terri, Suzanne Vitadamo, disse que ela "foi libertada de todo seu martírio na terra" e pediu orações para que "Deus nos dê sua graça" neste momento.

Terri Schiavo morreu hoje num centro médico para doentes terminais em Pinellas Park (Flórida) depois de seus pais esgotarem todas as vias legais para mantê-la com vida. A tragédia de Terri começou quando tinha 26 anos e ficou em estado vegetativo após um ataque cardíaco causado por uma súbita redução de potássio em seu organismo provocada aparentemente por uma rigorosa dieta para emagrecer. Será feita uma necropsia do corpo, cujos resultados podem demorar cerca de três semanas, segundo peritos do Condado de Pinellas

Durante oito anos, Terri foi alimentada artificialmente até que em 1998 seu marido, que exerce sua tutela, convenceu-se que não havia esperanças e pediu que fosse retirada a sonda porque sua mulher "nunca quis viver assim", embora não tenha deixado nada escrito que expressasse esse desejo. Naquele ano foi iniciada a prolongada batalha judicial de sete anos entre o marido e os pais de Terri que chegou até a Suprema Corte dos Estados Unidos.




Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349809/visualizar/