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Lula e Rice discutirão situação da Venezuela
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, se reunirá em abril em Brasília com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chanceler Celso Amorim, disseram autoridades na quinta-feira. A viagem dela servirá para calibrar os posicionamentos e aspirações da diplomacia brasileira.
Uma porta-voz do Itamaraty disse à Reuters que a visita de Rice está programada para o final de abril, mas que a data exata ainda está sendo discutida.
O jornal O Estado de S.Paulo disse na quinta-feira que a viagem da secretária a Brasília ¿ sua primeira à América do Sul desde que assumiu o cargo ¿ acontecerá em 27 de abril.
Segundo analistas, a situação política da Venezuela será o principal tema dos encontros, em cuja pauta devem constar também a visita de novembro do presidente George W. Bush ao Brasil, a possível reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) ¿ na qual o Brasil espera se tornar membro permanente do Conselho de Segurança ¿ e a situação da segurança regional.
Ao contrário dos EUA, o Brasil mantém uma estreita relação política e comercial com a Venezuela. As exportações estão aumentando, e é possível que o Brasil venda aviões militares aos venezuelanos.
Nesta semana, em encontro com o presidente Hugo Chávez em Ciudad Guayana, na Venezuela, Lula disse que não aceita "difamação" nem "insinuações" contra seus companheiros.
A declaração foi feita uma semana depois de o secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, manifestar em Brasília sua preocupação com a compra de 100 mil fuzis russos AK-47 pela Venezuela. Além disso, Rice qualificou Chávez de "força negativa" na América Latina.
"Sem dúvida, a Venezuela será o tema mais importante da visita, além da preparação da visita de Bush ao Brasil em novembro", disse o analista Carlos Pio, da consultoria Augurium.
De acordo com ele, há contatos cada vez mais frequentes do governo norte-americano com a embaixada brasileira em Washington para tratar da situação na Venezuela. Ele disse que os EUA consideram que Lula, cada vez mais influente na região, pode ter um papel de "moderador".
O analista acrescentou que "a visita de alguma maneira é um reconhecimento ao Brasil e de que a relação bilateral Brasil-EUA é boa. E não pode ser de outra maneira: há uma dependência forte do ponto de vista financeiro e comercial por parte do Brasil".
Na opinião de analistas, a aliança entre os governos esquerdistas de Lula e de Chávez não pode turvar as excelentes relações de Brasília com Washington. "A Venezuela não pode provocar nenhum ruído na relação do Brasil com os Estados Unidos. Há um ambiente de esquerda na América Latina que cria um ambiente de entendimento entre os países. Manter um entendimento com Chávez é bom para domar o seu populismo," disse Amado Cervo, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.
"O Brasil mantém com Chávez uma boa relação, tenta influir com equilíbrio e moderação, mas não pode fazer mais do que isso," acrescentou.
Uma porta-voz do Itamaraty disse à Reuters que a visita de Rice está programada para o final de abril, mas que a data exata ainda está sendo discutida.
O jornal O Estado de S.Paulo disse na quinta-feira que a viagem da secretária a Brasília ¿ sua primeira à América do Sul desde que assumiu o cargo ¿ acontecerá em 27 de abril.
Segundo analistas, a situação política da Venezuela será o principal tema dos encontros, em cuja pauta devem constar também a visita de novembro do presidente George W. Bush ao Brasil, a possível reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) ¿ na qual o Brasil espera se tornar membro permanente do Conselho de Segurança ¿ e a situação da segurança regional.
Ao contrário dos EUA, o Brasil mantém uma estreita relação política e comercial com a Venezuela. As exportações estão aumentando, e é possível que o Brasil venda aviões militares aos venezuelanos.
Nesta semana, em encontro com o presidente Hugo Chávez em Ciudad Guayana, na Venezuela, Lula disse que não aceita "difamação" nem "insinuações" contra seus companheiros.
A declaração foi feita uma semana depois de o secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, manifestar em Brasília sua preocupação com a compra de 100 mil fuzis russos AK-47 pela Venezuela. Além disso, Rice qualificou Chávez de "força negativa" na América Latina.
"Sem dúvida, a Venezuela será o tema mais importante da visita, além da preparação da visita de Bush ao Brasil em novembro", disse o analista Carlos Pio, da consultoria Augurium.
De acordo com ele, há contatos cada vez mais frequentes do governo norte-americano com a embaixada brasileira em Washington para tratar da situação na Venezuela. Ele disse que os EUA consideram que Lula, cada vez mais influente na região, pode ter um papel de "moderador".
O analista acrescentou que "a visita de alguma maneira é um reconhecimento ao Brasil e de que a relação bilateral Brasil-EUA é boa. E não pode ser de outra maneira: há uma dependência forte do ponto de vista financeiro e comercial por parte do Brasil".
Na opinião de analistas, a aliança entre os governos esquerdistas de Lula e de Chávez não pode turvar as excelentes relações de Brasília com Washington. "A Venezuela não pode provocar nenhum ruído na relação do Brasil com os Estados Unidos. Há um ambiente de esquerda na América Latina que cria um ambiente de entendimento entre os países. Manter um entendimento com Chávez é bom para domar o seu populismo," disse Amado Cervo, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília.
"O Brasil mantém com Chávez uma boa relação, tenta influir com equilíbrio e moderação, mas não pode fazer mais do que isso," acrescentou.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349830/visualizar/
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