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Por falta de maioria, Sharon cancela nomeação de 3 ministros
Incapaz de impedir no Parlamento a desocupação da Faixa de Gaza, a direita israelense obteve um prêmio de consolação na quarta-feira, quando o primeiro-ministro Ariel Sharon teve de cancelar a nomeação de três ministros por falta de maioria entre os deputados.
Na terça-feira, Sharon conseguiu apoio de um partido da oposição para aprovar o Orçamento relativo a 2005. Isso contrabalançou um motim de parte do partido governista Likud, que é contra a desocupação de Gaza. A rejeição do Orçamento poderia levar Israel a eleições antecipadas, o que adiaria ou suspenderia a desocupação.
Agora, Sharon terá de enfrentar a resistência de colonos e de seus simpatizantes, que prometem tomar as ruas para protestar e alertam para a possibilidade de uma guerra civil.
O gabinete deu aval ao pedido de Sharon para recompensar membros do Likud que ficaram ao seu lado na questão da desocupação e do Orçamento. Ele imediatamente apresentou ao Knesset (Parlamento) os nomes que ocupariam três ministérios extraordinários.
Mas, após horas de debate, ficou claro que Sharon não teria maioria, pois os deputados da oposição centrista que garantiram a aprovação do Orçamento se mostravam dispostos a vetar os novos ministros. Os rebeldes do Likud fizeram o mesmo.
"Percebemos que não haveria maioria. Por isso retiramos a moção. Na política, só se pode fazer o que está no terreno do possível", disse uma importante fonte do governo à Reuters.
Uzi Landau, um dos líderes rebeldes do Likud, acusou Sharon de "transformar a política israelense em um bordel", ao atender aos interesses de seus seguidores.
A fonte do governo disse que Sharon pode pedir ao Knesset que reconsidere as indicações quando o Parlamento voltar de seu recesso, em meados de maio.
O primeiro-ministro havia nomeado Roni Bar-On e Zeev Boim, do Likud, e Ephraim Sneh, do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, que participa do governo.
Mas o partido centrista Shinui, cujos 15 deputados ajudaram a aprovar o Parlamento, considerou que acrescentar mais três pastas ao atual ministério, que tem 28 vagas, seria um desperdício de dinheiro.
A desocupação de Gaza e de parte da Cisjordânia, prevista para meados deste ano, é vista como uma oportunidade ímpar para a retomada do processo de paz na região, junto com o cessar-fogo palestino que está em vigor.
Com a aprovação do Orçamento, Sharon pode seguir adiante com a indenização dos 8.500 colonos que terão de deixar os 21 assentamentos da Faixa de Gaza e de algumas centenas que serão retirados de quatro blocos da Cisjordânia.
"Agora temos dinheiro para pagá-los. Agora é para valer", disse um porta-voz do departamento que coordena a retirada.
O governo pretende consolidar seu domínio sobre os demais 116 assentamentos da Cisjordânia, onde vivem 230 mil colonos. Os palestinos querem a desocupação de Gaza, mas temem a anexação definitiva de grande parte da Cisjordânia, o que poderia inviabilizar a criação de seu Estado.
As pesquisas mostram que cerca de dois terços dos israelenses apóiam a desocupação de Gaza. Para a extrema direita, porém, isso seria uma "recompensa ao terrorismo palestino."
Na terça-feira, Sharon conseguiu apoio de um partido da oposição para aprovar o Orçamento relativo a 2005. Isso contrabalançou um motim de parte do partido governista Likud, que é contra a desocupação de Gaza. A rejeição do Orçamento poderia levar Israel a eleições antecipadas, o que adiaria ou suspenderia a desocupação.
Agora, Sharon terá de enfrentar a resistência de colonos e de seus simpatizantes, que prometem tomar as ruas para protestar e alertam para a possibilidade de uma guerra civil.
O gabinete deu aval ao pedido de Sharon para recompensar membros do Likud que ficaram ao seu lado na questão da desocupação e do Orçamento. Ele imediatamente apresentou ao Knesset (Parlamento) os nomes que ocupariam três ministérios extraordinários.
Mas, após horas de debate, ficou claro que Sharon não teria maioria, pois os deputados da oposição centrista que garantiram a aprovação do Orçamento se mostravam dispostos a vetar os novos ministros. Os rebeldes do Likud fizeram o mesmo.
"Percebemos que não haveria maioria. Por isso retiramos a moção. Na política, só se pode fazer o que está no terreno do possível", disse uma importante fonte do governo à Reuters.
Uzi Landau, um dos líderes rebeldes do Likud, acusou Sharon de "transformar a política israelense em um bordel", ao atender aos interesses de seus seguidores.
A fonte do governo disse que Sharon pode pedir ao Knesset que reconsidere as indicações quando o Parlamento voltar de seu recesso, em meados de maio.
O primeiro-ministro havia nomeado Roni Bar-On e Zeev Boim, do Likud, e Ephraim Sneh, do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, que participa do governo.
Mas o partido centrista Shinui, cujos 15 deputados ajudaram a aprovar o Parlamento, considerou que acrescentar mais três pastas ao atual ministério, que tem 28 vagas, seria um desperdício de dinheiro.
A desocupação de Gaza e de parte da Cisjordânia, prevista para meados deste ano, é vista como uma oportunidade ímpar para a retomada do processo de paz na região, junto com o cessar-fogo palestino que está em vigor.
Com a aprovação do Orçamento, Sharon pode seguir adiante com a indenização dos 8.500 colonos que terão de deixar os 21 assentamentos da Faixa de Gaza e de algumas centenas que serão retirados de quatro blocos da Cisjordânia.
"Agora temos dinheiro para pagá-los. Agora é para valer", disse um porta-voz do departamento que coordena a retirada.
O governo pretende consolidar seu domínio sobre os demais 116 assentamentos da Cisjordânia, onde vivem 230 mil colonos. Os palestinos querem a desocupação de Gaza, mas temem a anexação definitiva de grande parte da Cisjordânia, o que poderia inviabilizar a criação de seu Estado.
As pesquisas mostram que cerca de dois terços dos israelenses apóiam a desocupação de Gaza. Para a extrema direita, porém, isso seria uma "recompensa ao terrorismo palestino."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350144/visualizar/
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