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Economia
Quarta - 30 de Março de 2005 às 09:04
Por: Marcondes Maciel

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Acuados pela crise provocada pelo achatamento dos preços da carne nos frigoríficos, representantes da classe produtora de Mato Grosso deverão entregar hoje, às Secretarias de Fazenda e Desenvolvimento Rural do governo, proposta que reduz a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para a saída do boi em pé destinado a outras regiões do país. A alíquota atual é de 17%, o que estaria inviabilizando a venda de animais para outras praças. Os produtores querem que esta alíquota seja reduzida para 3%. “Ou diminuímos o imposto para vendermos para outros frigoríficos que querem pagar mais ou seremos obrigados a reter o gado no pasto”, adverte o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Jorge Pires de Miranda.

Segundo ele, a redução do ICMS sobre o gado irá aumentar o fluxo de vendas para frigoríficos de Estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, que estão praticando os melhores preços nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. “Com isso, a nossa produção será mais competitiva e o produtor será melhor remunerado. Não podemos ficar atrelados apenas aos frigoríficos da região”, disse Jorge Pires.

Ele conta que, ano a ano, tem aumentado a distância entre os preços regionais e os de outras praças. “Antes, a diferença era de 5%. Agora temos frigoríficos lá fora pagando até 15% a mais. Temos que encontrar uma fórmula para levarmos a nossa produção para fora. E a solução é reduzir o imposto sobre a saída dos animais”.

O presidente da Acrimat disse que o setor precisa de posições fortes para garantir a sua sobrevivência. “Precisamos garantir renda para o setor agropecuário e buscar a harmonização de toda a cadeia produtiva do Estado para fazermos frente a esta crise. E a nossa entidade vai trabalhar em defesa para evitar que a classe seja prejudicada”.

Jorge Pires informou que os pecuaristas estão pagando caro para manter o gado no pasto. “Hoje o custo é maior que o preço de venda. Desse jeito é preferível segurar o gado e só vendê-lo em caso de necessidade, para cumprir obrigações”, recomendou.

Os pecuaristas entendem que a realidade no Estado só não é pior porque o nível de desfrute e crescimento de rebanho - 10% - está acima da média nacional.





Fonte: Diário de Cuiabá

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