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Emprego na indústria metalúrgica tem maior crescimento desde 1987
São Paulo – O ano de 2004 foi o melhor ano em contratações da última década na indústria metalúrgica. O saldo positivo entre contratações e demissões foi de 157.709 postos de trabalho, o que significa um crescimento de 11,6%. O ano passado também registrou o segundo ano consecutivo de crescimento de emprego neste ramo da indústria, o que ocorre pela primeira vez desde o início da pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CMN/CUT) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).
O último biênio reverte a trajetória de queda nos postos de trabalho do setor iniciada em 1987, ano do primeiro censo feito pelo Dieese, que apontava a existência de 2.757.949 de metalúrgicos. Dezesseis anos depois, em 2003, mais de 50% dos postos de trabalho foram cortados e a indústria metalúrgica brasileira empregava 1.319.793 pessoas. Estes dois últimos anos acumulam, segundo a pesquisa, um crescimento de 217.478 empregos, um aumento de 16,5%, maior do que os 12,3% do emprego em toda a indústria. Segundo a pesquisa, o país tinha no final de janeiro deste ano 1.537.271 de metalúrgicos.
Para o secretário de organização da CMN/CUT, Valter Sanches, "a política macro-econômica e a ausência de políticas setoriais nos governo anteriores foram o principais responsáveis" pela queda do nível de emprego na metalurgia. Ele citou como ausência de políticas de desenvolvimento setorial o não-investimento no setor transporte ferroviário e na indústria naval, e lembrou também o estímulo à importação de bens de capital, que classifica com "trapalhada".
Sanches acredita que a substituição de mão-de-obra pela automação foi uma causa secundária."A reestruturação produtiva aconteceu em todo mundo, mas em nenhum lugar houve uma redução de 50% da mão-de-obra", justifica. A pesquisa critica os altos juros, dizendo que podem atrapalhar o crescimento da economia, porém Sanches está otimista. "O crescimento do emprego em janeiro [como a pesquisa apontou] também é um fato inédito, e mostra como ainda estamos crescendo". Ele elogiou a política de crédito ao consumidor, implementada pelo governo, e o aumento de 50% na verba de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Eleno José Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo ligado a outra central sindical, a Força Sindical, acha a avaliação de Sanchez otimista demais. "A pesquisa mostra o crescimento de alguns setores, mas não de todo o emprego", afirma.
A pesquisa de CMN/CUT registra crescimento "nos seis maiores setores do ramo metalúrgico (Automotivo, Siderúrgico, Bens de Capital, Eletroeletrônico, Naval e Aeroespacial)". Porém Bezerra ressalta que indústrias de Eletrodomésticos e de Materiais Sanitários de Aço, também do ramo da metalurgia, estão em crise. Segundo ele, o aumento das taxas de juros nos últimos seis meses está começando a se refletir na economia. "Se nada for feito em trinta ou sessenta dias, as empresas desse setor não vão ter demitir", prevê.
O último biênio reverte a trajetória de queda nos postos de trabalho do setor iniciada em 1987, ano do primeiro censo feito pelo Dieese, que apontava a existência de 2.757.949 de metalúrgicos. Dezesseis anos depois, em 2003, mais de 50% dos postos de trabalho foram cortados e a indústria metalúrgica brasileira empregava 1.319.793 pessoas. Estes dois últimos anos acumulam, segundo a pesquisa, um crescimento de 217.478 empregos, um aumento de 16,5%, maior do que os 12,3% do emprego em toda a indústria. Segundo a pesquisa, o país tinha no final de janeiro deste ano 1.537.271 de metalúrgicos.
Para o secretário de organização da CMN/CUT, Valter Sanches, "a política macro-econômica e a ausência de políticas setoriais nos governo anteriores foram o principais responsáveis" pela queda do nível de emprego na metalurgia. Ele citou como ausência de políticas de desenvolvimento setorial o não-investimento no setor transporte ferroviário e na indústria naval, e lembrou também o estímulo à importação de bens de capital, que classifica com "trapalhada".
Sanches acredita que a substituição de mão-de-obra pela automação foi uma causa secundária."A reestruturação produtiva aconteceu em todo mundo, mas em nenhum lugar houve uma redução de 50% da mão-de-obra", justifica. A pesquisa critica os altos juros, dizendo que podem atrapalhar o crescimento da economia, porém Sanches está otimista. "O crescimento do emprego em janeiro [como a pesquisa apontou] também é um fato inédito, e mostra como ainda estamos crescendo". Ele elogiou a política de crédito ao consumidor, implementada pelo governo, e o aumento de 50% na verba de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Eleno José Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo ligado a outra central sindical, a Força Sindical, acha a avaliação de Sanchez otimista demais. "A pesquisa mostra o crescimento de alguns setores, mas não de todo o emprego", afirma.
A pesquisa de CMN/CUT registra crescimento "nos seis maiores setores do ramo metalúrgico (Automotivo, Siderúrgico, Bens de Capital, Eletroeletrônico, Naval e Aeroespacial)". Porém Bezerra ressalta que indústrias de Eletrodomésticos e de Materiais Sanitários de Aço, também do ramo da metalurgia, estão em crise. Segundo ele, o aumento das taxas de juros nos últimos seis meses está começando a se refletir na economia. "Se nada for feito em trinta ou sessenta dias, as empresas desse setor não vão ter demitir", prevê.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350306/visualizar/
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