Mato Grosso não registra casos de contaminação pelo Mal de Chagas
Mas é preciso estar sempre alerta. A presença de portadores da doença vindos de outras regiões do Brasil pode colocar o Mal de Chagas de volta na pauta da autoridades em saúde.
No ano passado, três casos da doença, já em sua fase crônica, foram registrados em Rondonópolis, mas todos os pacientes adquiriram o Mal de Chagas em outras regiões do Brasil. Quinze barbeiros foram examinados no Centro de Controle de Zoonoses da cidade e nenhum estava infestado pelo protozoário.
A transmissão de uma pessoa a outra se dá pela picada do barbeiro, inseto que costuma habitar as plantações de cana-de-açúcar, casas de pau-a-pique, galinheiros, ninhos de passarinhos etc. Ao picar uma pessoa contaminada, o barbeiro vira vetor da doença, que é transmitida a outra pessoa quando da picada do inseto.
O Mal de Chagas voltou à pauta das autoridades em saúde após a contaminação, em Santa Catarina, de várias pessoas pela ingestão do caldo de cana contaminado com as fezes do barbeiro. O Ministério da Saúde também registrou, no passado, surtos da doença no Pará, pela ingestão do suco de açaí, e no Rio Grande do Sul e Paraíba pela ingestão de caldo de cana. "Isso não significa que todo caldo de cana ou de açaí esteja contaminado pelo Trypanosoma cruzi", avisa Rosana.
Uma das consequências do surto registrado em Santa Catarina é a redução no consumo do caldo de cana. Em alguns pontos de venda na cidade, o movimento caiu bastante.
Apesar da não incidência de contaminação dos barbeiros encontrados em Mato Grosso, as autoridades de saúde estão colocando à disposição toda a rede básica de saúde para atender pacientes com sintomas ou que tenham estado em Santa Catarina nos últimos meses.
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