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Nacional
Terça - 29 de Março de 2005 às 14:39

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A Embraer estuda o desenvolvimento de um jato executivo pequeno, para até quatro passageiros. O projeto, totalmente nacional, segue a nova tendência de mercado dos VLJ (Very Light Jet), que tem vendas estimadas de 4,5 mil unidades até 2016.

A empresa não confirma o estudo do novo microjato, mas fontes do mercado afirmam que o projeto já estaria avançado do ponto de vista técnico. Mais baratos e com custo operacional reduzido, os primeiros VLJ do mercado, das empresas Cessna, Eclipse e Adams, entram em operação em 2006.

Em entrevista recente, o presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que a empresa está sempre atenta às novas oportunidades do mercado e em processo constante de análise de novos produtos.

O único modelo de jato executivo da Embraer hoje, o Legacy, nas versões para 16 e 37 passageiros, tem 35 aeronaves em operação no mundo.

A empresa pioneira no segmento dos VLJ é a norte americana Eclipse, que no primeiro ano de lançamento do projeto, recebeu cerca de 800 encomendas, superando todas as expectativas do mercado para esse tipo de aeronave.

Atualmente, além da Eclipse, outras duas empresas, a Cessna e a Adams estão em fase de certificação final de modelos VLJ. A expectativa dessas empresas é que os VLJ entrem em operação comercial a partir do próximo ano.

Inovador

O potencial de mercado dos VLJ também será dos temas da terceira Labace (Latin American Business Aviaton Conference and Exhibition), que começa essa semana no Transamérica ExpoCenter, em São Paulo.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Anderson Markiewicz, cerca de 30 desses microjatos já foram vendidos no Brasil antes mesmo das entregas terem sido iniciadas.

"O VLJ é um jato que inova no aspecto de preço, na faixa de US$ 1,3 milhão a US$ 2,5 milhões, o que expande a base da pirâmide em relação ao potencial de compradores". O menor jato hoje no mercado, dos modelos Cessa e Learjet, para até seis passageiros, segundo ele, custa na faixa de US$ 4 milhões.

"O VLJ é mais barato porque é menor e usa tecnologias inovadoras, tanto na parte estrutural, com materiais mais leves como a fibra de carbono, quanto nos seus sistemas e motores", explica. Além de motores mais econômicos, os microjatos também tem um custo operacional reduzido, uma vez que podem ser operados por apenas um piloto.

Segundo fontes do setor aeronáutico no Brasil, o projeto do VLJ mobiliza há seis meses um grupo grande de engenheiros na Embraer. Além de jatos menores que o Legacy, segundo a fonte, a Embraer também estuda o desenvolvimento de jatos executivos maiores.

A Embraer, segundo comentário feito no balanço de 2004, vê o mercado de aviação executiva com ótimas perspectivas e, de acordo com a sua estratégia de diversificação e aumento de receita, considera esse segmento extremamente importante para o seu crescimento. As previsões apontam para a venda de 7560 jatos executivos nos próximos 10 anos, sendo 1.485 unidades na categoria do Legacy.

Para aumentar a atratividade do modelo executivo - o preço varia de US$ 16 milhões a US$ 21 milhões - a Embraer incorporou avanços. O mais recente, o aumento do teto operacional de 39 mil para 41 mil pés, acaba de ser certificado pelas autoridades aeronáuticas do Brasil, EUA e Europa. O alcance do modelo era considerado desvantagem em relação aos concorrentes.




Fonte: Terra

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