Manutenção de 400km da Transamazônica está emperrada na Justiça, diz coordenadora

MANAUS - A coordenadora-geral da 1ª Unidade de Infra-Estrutura Terrestre (Unit), órgão que faz parte do Ministério de Transportes, Maria Auxiliadora de Carvalho, afirmou que, desde outubro do ano passado, a Justiça tem em andamento dois processos de licitação para manutenção de 400 km da BR-230 no Amazonas (do km 213 ao 613, passando por Apuí, Manicoré e Humaitá). O valor total previsto para as duas licitações é de aproximadamente R$ 20,694 milhões. "As licitações aqui costumam demorar de 6 meses a 1 ano, porque as empresas perdedoras entram com recursos. Isso é bom porque, se há concorrência, diminui o preço das obras. Mas, por outro lado, torna o processo muito lento", avaliou Maria Auxiliadora.

Ela informou também que a empresa Rondônia Comércio e Extração de Minérios Ltda. foi contratada em caráter de emergência para efetuar as obras de reparo da ponte de madeira que caiu há 20 dias no km 200 da BR-230. A ponte tem cerca de 200 metros de extensão e passa sobre o rio Manicoré, no trecho que liga os municípios de Apuí a Humaitá, no Amazonas. "A ponte não agüentou o excesso de peso do caminhão. A população precisa nos ajudar a fiscalizar o transporte de cargas", apelou a coordenadora.

A rodovia BR-230 é a famosa e polêmica Transamazônica, construída durante a ditadura militar. Ela liga o Nordeste e o Norte do país: vai de Cabedelo (Paraíba) a Benjamin Constant (Amazonas), passando também pelo Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins e Pará.