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Engenheiro vive drama de acidente
Há quatro meses a família do engenheiro eletricista Ado Vilela Barbosa, 25 anos, está vivendo um drama. Ado teve 70% do corpo queimado por causa de uma descarga elétrica enquanto trabalhava e a empresa, a Friboi, não admite ser a responsável pelo acidente, deixando de pagar o tratamento adequado ao engenheiro.
Ado sofreu queimaduras profundas de segundo e terceiro graus no dia 25 de novembro do ano passado, quando ao religar uma chave de força no frigorífico Friboi, em Araputanga, recebeu uma grande descarga elétrica. Ele não estava com equipamentos de segurança, pois segundo sua família a empresa não fornecia.
Para que fosse internado no pronto-socorro para queimaduras em Goiânia (GO), a família de Ado precisou entrar com uma medida cautelar contra a Friboi para que pagasse todo o tratamento, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobria os procedimentos hospitalares necessários. A liminar foi concedida, mas a Friboi contestou alegando que não era de sua responsabilidade o tratamento e sim do SUS. A empresa também alegou que o culpado pelo acidente foi o próprio engenheiro, mas não explicaram o porquê dessa alegação, se recusando apenas a pagar a conta do hospital.
Apesar da Justiça ter determinado uma multa diária de R$ 5 mil pelo não cumprimento da liminar, a empresa continua não arcando com os custos do tratamento. Além disso, a Friboi também deu ultimato para que Ado e sua mãe Maria José Vilela Barbosa saíssem do hotel onde estavam hospedados em Goânia, próximo do hospital onde o engenheiro estava fazendo tratamento. O hotel estava sendo pago pela empresa. O ultimato foi dado no dia 11 março e o prazo máximo para que mãe e filho saíssem do hotel foi até o dia 13 do mesmo mês.
Desde então a família voltou para a cidade de Barra do Garças, onde mora, e Ado ficou impossibilitado de continuar o tratamento.
“Tive que deixar o tratamento especializado em Goiânia com fisioterapia de três horas por dia”, explicou Ado.
As queimaduras no engenheiro alcançaram o estágio de segundo e terceiro graus profundos pela demora de atendimento adequado. Conforme contou o pai do engenheiro, Valdemar Barbosa Filho, depois de sofrer o acidente Ado foi colocado sobre uma caminhonete e levado para o hospital de Araputanga e em seguida para o hospital de Cáceres, onde esperou até às 12 horas do dia seguinte para ser levado para Goiânia. “Eu permaneci consciente o tempo inteiro. Era tanta dor que não sabia nem de onde vinha”, salientou Ado.
O engenheiro contou que no dia em que levou a descarga elétrica, o procedimento feito por ele era comum. “O procedimento era normal. Quando tinha oscilação de luz, desarmava o disjuntor e tinha que armar de novo. Só me lembro quando eu armei. Depois não lembro”, completou.
Ado teve que receber doação de pele, feita pela mãe e pelo primo Danilo Vilela Barros, por que a Friboi não quis pagar o tratamento com pele artificial.
Formado em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ado trabalhava há quase um ano na Friboi quando aconteceu o acidente. Ele era contratado como supervisor de manutenção elétrica.
“É triste ver um filho da gente, que se formou na universidade e estar desse jeito”, disse chorando o pai de Ado. “Confio na Justiça. Nós estamos esperando que seja resolvido e que a Friboi assuma sua responsabilidade”, completou.
Atualmente a conta do hospital em Goiânia está em R$ 510 mil, sendo que o retorno ao consultório médico está marcado para o início de abril, e a consulta custa R$ 300.
O advogado da família, Eduardo Mahon, irá representar o delegado de Araputanga junto à Secretaria de Justiça e Segurança do Estado (Sejusp) pelo fato de não ter sido aberto inquérito policial para apurar a responsabilidade do incidente. Os responsáveis pela Friboi também serão representados junto ao Ministério Público por homicídio doloso tentado, pois sabiam o risco do serviço e não deram o equipamento de segurança.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o procurador da Friboi em Araputanga, Gerson Balena, pelo telefone. Ele afirmou que não poderia falar sobre o caso e que informações seriam conseguidas no dia seguinte, hoje, na matriz na empresa, em São Paulo.
Ado sofreu queimaduras profundas de segundo e terceiro graus no dia 25 de novembro do ano passado, quando ao religar uma chave de força no frigorífico Friboi, em Araputanga, recebeu uma grande descarga elétrica. Ele não estava com equipamentos de segurança, pois segundo sua família a empresa não fornecia.
Para que fosse internado no pronto-socorro para queimaduras em Goiânia (GO), a família de Ado precisou entrar com uma medida cautelar contra a Friboi para que pagasse todo o tratamento, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobria os procedimentos hospitalares necessários. A liminar foi concedida, mas a Friboi contestou alegando que não era de sua responsabilidade o tratamento e sim do SUS. A empresa também alegou que o culpado pelo acidente foi o próprio engenheiro, mas não explicaram o porquê dessa alegação, se recusando apenas a pagar a conta do hospital.
Apesar da Justiça ter determinado uma multa diária de R$ 5 mil pelo não cumprimento da liminar, a empresa continua não arcando com os custos do tratamento. Além disso, a Friboi também deu ultimato para que Ado e sua mãe Maria José Vilela Barbosa saíssem do hotel onde estavam hospedados em Goânia, próximo do hospital onde o engenheiro estava fazendo tratamento. O hotel estava sendo pago pela empresa. O ultimato foi dado no dia 11 março e o prazo máximo para que mãe e filho saíssem do hotel foi até o dia 13 do mesmo mês.
Desde então a família voltou para a cidade de Barra do Garças, onde mora, e Ado ficou impossibilitado de continuar o tratamento.
“Tive que deixar o tratamento especializado em Goiânia com fisioterapia de três horas por dia”, explicou Ado.
As queimaduras no engenheiro alcançaram o estágio de segundo e terceiro graus profundos pela demora de atendimento adequado. Conforme contou o pai do engenheiro, Valdemar Barbosa Filho, depois de sofrer o acidente Ado foi colocado sobre uma caminhonete e levado para o hospital de Araputanga e em seguida para o hospital de Cáceres, onde esperou até às 12 horas do dia seguinte para ser levado para Goiânia. “Eu permaneci consciente o tempo inteiro. Era tanta dor que não sabia nem de onde vinha”, salientou Ado.
O engenheiro contou que no dia em que levou a descarga elétrica, o procedimento feito por ele era comum. “O procedimento era normal. Quando tinha oscilação de luz, desarmava o disjuntor e tinha que armar de novo. Só me lembro quando eu armei. Depois não lembro”, completou.
Ado teve que receber doação de pele, feita pela mãe e pelo primo Danilo Vilela Barros, por que a Friboi não quis pagar o tratamento com pele artificial.
Formado em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Ado trabalhava há quase um ano na Friboi quando aconteceu o acidente. Ele era contratado como supervisor de manutenção elétrica.
“É triste ver um filho da gente, que se formou na universidade e estar desse jeito”, disse chorando o pai de Ado. “Confio na Justiça. Nós estamos esperando que seja resolvido e que a Friboi assuma sua responsabilidade”, completou.
Atualmente a conta do hospital em Goiânia está em R$ 510 mil, sendo que o retorno ao consultório médico está marcado para o início de abril, e a consulta custa R$ 300.
O advogado da família, Eduardo Mahon, irá representar o delegado de Araputanga junto à Secretaria de Justiça e Segurança do Estado (Sejusp) pelo fato de não ter sido aberto inquérito policial para apurar a responsabilidade do incidente. Os responsáveis pela Friboi também serão representados junto ao Ministério Público por homicídio doloso tentado, pois sabiam o risco do serviço e não deram o equipamento de segurança.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o procurador da Friboi em Araputanga, Gerson Balena, pelo telefone. Ele afirmou que não poderia falar sobre o caso e que informações seriam conseguidas no dia seguinte, hoje, na matriz na empresa, em São Paulo.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350460/visualizar/
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