Repórter News - reporternews.com.br
Polícia investiga novos suspeitos de mandar matar freira no Pará
Belém - O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, não seria o mandante do assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, mas apenas o intermediário do crime, segundo investigação da polícia. Os verdadeiros mandantes seriam fazendeiros, grileiros de terras e madeireiros da Transamazônica, unidos em torno de um consórcio para matar a freira no dia 12 de fevereiro passado.
Os suspeitos, sobre os quais Bida evitou falar, possuem grandes fazendas de gado na região, vendem e compram ilegalmente terras públicas e derrubam a floresta sem possuir autorização de desmatamento. Alguns estão envolvidos em fraudes para tomar dinheiro da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Entre os suspeitos de encomendar o crime investigados pela polícia aparecem os fazendeiros Luís Ungaratti, Délio Fernandes, Yoaquim Petrola, Regivaldo Galvão, o Taradão, um agiota de Altamira que fez fortuna emprestando dinheiro a juros de até 30% aos envolvidos com financiamentos da ex-Sudam, além de outros madeireiros. Fernandes e Galvão prestaram depoimento à Polícia Civil no final de fevereiro e foram liberados após negarem participação no crime.
O depoimento de Bida à Polícia Federal no domingo e cuja cópia foi obtida pelo Estado, deixou o fazendeiro em má situação. Em razão disso e para evitar que ele fosse ainda mais contraditório em seu interrogatório na Polícia Civil, durante o depoimento tomado pelo delegado Waldir Freire, o fazendeiro recebeu orientação de seu novo advogado, Américo Leal, para "ficar calado". Para as dezoito perguntas formuladas pelo delegado, Bida respondeu que só "falaria em juízo.
Freire marcou para quarta-feira uma acareação entre o fazendeiro, os pistoleiros Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, além do capataz Amair Feijoli da Cunha, o Tato. O advogado de Tato, Romualdo Filho, orientou seu cliente a ficar calado durante a acareação para não prejudicar Bida. Sobre suas relações com Regivaldo Galvão, o Taradão, disse que ambos foram sócios no lote 55 da Gleba Bacajá, que irmã Dorothy alegava fazer parte da área onde seria implantado seu Plano de Desenvolvimento Sustentado (PDS). Bida sustenta que chegou a pagar R$ 600 mil ao agiota para figurar na sociedade. Depois, o próprio Galvão ofereceu-lhe o lote, dizendo que se ele lhe desse mais R$ 1 milhão poderia transferir a terra para seu nome.
O que o fazendeiro, porém, não conseguiu convencer a polícia, é porque permitiu que os dois pistoleiros e o capataz Tato ficassem escondidos por quase dois dias em sua fazenda logo depois do crime, já que afirma ser inocente. A arma usada para matar Doroty, o revólver 38, também foi enterrada em sua propriedade. "Eles não ficaram na minha casa, ficaram no mato. A arma, eu mandei que eles tirassem aquele trem de lá".
O promotor Sávio Brabo disse que o possível envolvimento de outros dois fazendeiros diretamente no crime deixam claro a existência do consórcio para eliminar a missionária. Um dos fazendeiros seria de Altamira e o outro de Anapu. A PF está checando a informação de Bida.
Os suspeitos, sobre os quais Bida evitou falar, possuem grandes fazendas de gado na região, vendem e compram ilegalmente terras públicas e derrubam a floresta sem possuir autorização de desmatamento. Alguns estão envolvidos em fraudes para tomar dinheiro da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Entre os suspeitos de encomendar o crime investigados pela polícia aparecem os fazendeiros Luís Ungaratti, Délio Fernandes, Yoaquim Petrola, Regivaldo Galvão, o Taradão, um agiota de Altamira que fez fortuna emprestando dinheiro a juros de até 30% aos envolvidos com financiamentos da ex-Sudam, além de outros madeireiros. Fernandes e Galvão prestaram depoimento à Polícia Civil no final de fevereiro e foram liberados após negarem participação no crime.
O depoimento de Bida à Polícia Federal no domingo e cuja cópia foi obtida pelo Estado, deixou o fazendeiro em má situação. Em razão disso e para evitar que ele fosse ainda mais contraditório em seu interrogatório na Polícia Civil, durante o depoimento tomado pelo delegado Waldir Freire, o fazendeiro recebeu orientação de seu novo advogado, Américo Leal, para "ficar calado". Para as dezoito perguntas formuladas pelo delegado, Bida respondeu que só "falaria em juízo.
Freire marcou para quarta-feira uma acareação entre o fazendeiro, os pistoleiros Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, além do capataz Amair Feijoli da Cunha, o Tato. O advogado de Tato, Romualdo Filho, orientou seu cliente a ficar calado durante a acareação para não prejudicar Bida. Sobre suas relações com Regivaldo Galvão, o Taradão, disse que ambos foram sócios no lote 55 da Gleba Bacajá, que irmã Dorothy alegava fazer parte da área onde seria implantado seu Plano de Desenvolvimento Sustentado (PDS). Bida sustenta que chegou a pagar R$ 600 mil ao agiota para figurar na sociedade. Depois, o próprio Galvão ofereceu-lhe o lote, dizendo que se ele lhe desse mais R$ 1 milhão poderia transferir a terra para seu nome.
O que o fazendeiro, porém, não conseguiu convencer a polícia, é porque permitiu que os dois pistoleiros e o capataz Tato ficassem escondidos por quase dois dias em sua fazenda logo depois do crime, já que afirma ser inocente. A arma usada para matar Doroty, o revólver 38, também foi enterrada em sua propriedade. "Eles não ficaram na minha casa, ficaram no mato. A arma, eu mandei que eles tirassem aquele trem de lá".
O promotor Sávio Brabo disse que o possível envolvimento de outros dois fazendeiros diretamente no crime deixam claro a existência do consórcio para eliminar a missionária. Um dos fazendeiros seria de Altamira e o outro de Anapu. A PF está checando a informação de Bida.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350543/visualizar/
Comentários