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Internacional
Segunda - 28 de Março de 2005 às 22:20

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Calcutá - O governo da Índia comentou nesta segunda-feira que ainda é prematuro fazer um pronunciamento sobre se comprará os caças F-16 oferecidos pelos Estados Unidos e alertou que os planos de Washington de vender aviões de combate para o Paquistão poderia prejudicar as frágeis negociações de paz entre os dois vizinhos do sul da Ásia. Ambos estão engajados em negociações de paz após cinco décadas de hostilidades que resultaram em três guerras. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram a venda de caças F-16 ao Paquistão e sinalizaram que a Índia também poderia comprá-los.

"Os Estados Unidos decidiram entregar caças F-16 ao Paquistão. No que concerne à Índia, esses aviões nos foram oferecidos, mas os termos e as condições ainda são desconhecidas. É prematuro dizer se aceitaremos ou não", disse o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, citado pela agência de notícias Press Trust of Índia. "Não sabemos com o que estamos lidando. Nós discutiremos a oferta feita pelos Estados Unidos com funcionários americanos. Temos uma boa relação com eles", prosseguiu.

Por sua vez, o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, agradeceu pela oferta e comemorou a esperada decisão americana de vender caças F-16 a seu país. Segundo ele, as aeronaves fortalecerão o poder de dissuasão das forças de defesa do país. A decisão americana é vista por especialistas como uma recompensa ao Paquistão por causa de sua cooperação com os EUA na guerra americana contra o "terrorismo". No fim dos anos 80, o Paquistão chegou a um acordo com os EUA para comprar caças F-16. Entretanto, o acordo foi deixado de lado na década seguinte, quando Washington impôs sanções a Islamabad por causa de seu programa nuclear.

A Índia está considerando a modernização de sua frota obsoleta de aviões de combate. Além da oferta de caças F-16, a Índia poderá optar por aviões Mirage (França), MiG (Rússia) e Gripen (Suécia). Em entrevista à tevê paquistanesa, Musharraf disse que a compra será a concretização de "uma exigência e de um desejo antigos". De acordo com Musharraf, os EUA não impuseram limites à compra. "Tudo dependerá de quantos caças quisermos comprar. Isso ainda não foi decidido", esclareceu.




Fonte: AE - AP

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