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Nacional
Segunda - 28 de Março de 2005 às 19:51
Por: Nelson Motta

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Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, ao comentar a decisão do governo de não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que o Brasil conquistou o direito de "andar com as próprias pernas". Segundo o presidente, o Brasil vive um momento em que todos devem fazer uma "reflexão" sobre o que está acontecendo no país

"Nós hoje, ao comunicarmos ao FMI que não fazemos mais acordo, o fazemos com a serenidade e a tranqüilidade de um governo que conquistou, com o sacrifício de todo o povo brasileiro, o direito de andar com as próprias pernas", afirmou Lula, durante a cerimônia de lançamento do Projeto "Viva Brasil 2005", no Palácio do Planalto.

O presidente lembrou que ninguém precisa dizer ao Brasil que o país deve ser responsável com os gastos públicos. "Isso nós aprendemos dentro de casa. Eu e Marisa temos uma vida matrimonial que vai completar 31 anos, e nós nunca gastamos mais do que aquilo que a gente pode gastar. Se isso deu certo na minha casa, isso certamente dará certo no Brasil. Gastar apenas no que é importante, nas obras que são necessárias para o Brasil é uma obrigação nossa", afirmou Lula.

O presidente disse que a decisão de que o Brasil não renovaria o acordo com o FMI foi comunicada oficialmente ao fundo em carta endereçada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O ministro, que conversou sobre o assunto com o presidente Lula hoje de manhã, disse que a atual situação da economia brasileira permite antever que não haverá necessidade de retomar o acordo. Ele ressaltou, entretanto, que, mesmo como "aprendiz em política", acha que nunca se deve dizer que jamais será preciso.

O acordo com o FMI vence no próximo dia 31 e, há 15 meses, o Brasil não faz qualquer saque dos US$ 41 bilhões previstos. Desde 2002, quando o acordo foi assinado, foram sacados deste total apenas US$ 26,3 bilhões para compor as reservas internacionais. Em entrevista coletiva, Palocci afirmou que a decisão de não renovar o acordo, que desde o princípio foi assinado em caráter preventivo, foi amadurecida nos últimos meses.





Fonte: Agência Brasil

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