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Economia
Segunda - 28 de Março de 2005 às 18:15
Por: Mylena Fiori

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São Paulo - O Brasil ganha com a decisão de não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), avalia o economista Ricardo Carneiro, coordenador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp. No entanto, segundo ele, a decisão não levará à flexibilização da política econômica, mas a um endurecimento, especialmente na questão fiscal. "Não acho que mexerão na meta de inflação e acredito que aumentarão o superávit primário", opina. "Agora o governo poderá fazer uma política conservadora sem se esconder atrás do fundo para implementar tal política."

Carneiro diz que o acordo cumpria apenas o papel de assegurar credibilidade à política econômica do governo. "O governo já se mostrou crível e acha que a política continuará sendo aceita independente do acordo com o fundo". O economista lembra que o Brasil tem renovado o acordo há sete anos e que, neste período, não cresceu mais do que 2,5% ao ano. "A economia não melhorou, pelo contrário".

Para ele, a não-renovação do acordo deverá melhorar os índices de risco-país estabelecidos pelas agências financeiras. "Ninguém melhora a classificação de quem depende de acordo com o FMI".

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou hoje (28) a decisão do governo de não renovar o acordo com o fundo. Acordo com FMI vence dia 31 e, há 15 meses, o Brasil não faz qualquer saque dos US$ 41 bilhões previstos.





Fonte: Agencia Brasil

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