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Em 2011, além dos servidores da educação, os do Detran, da Segurança Pública, bem como de outros serviços públicos cruzaram os braços
MT é líder em greve no Centro-Oeste
A greve continua sendo a importante forma de protesto e reivindicação
de melhorias salariais, condições de trabalhos e outros direitos. Pelo
menos esse é o entendimento dos trabalhadores, especialmente do setor
público, quando não conseguem atingir seus objetivos por meio do
diálogo.
Um estudo apresentado ontem pelo Dieese(Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), denominado Sistema de
Acompanhamento de Greves (SAG), concluiu que as greves estão em
crescimento no país.
Ano passado, o país registrou 554 greves, quase 100 a mais que em
2010, com 446, ou seja, um crescimento de 24%. Esses números são os
maiores desde 1997, segundo comparação com a série histórica de
estudos similares anteriores.
Os trabalhadores do setor público estadual, com destaque para a área
da Educação, foram os que mais cruzaram os braços para reivindicar
reajuste salarial e melhorias no ambiente de trabalho.
O estudo não apresenta dados por estados, apenas por região.
Entretanto, no item que analisa as greves municipais no setor da
Educação, Mato Grosso aparece em primeiro lugar entres os estados do
Centro-Oeste em número de movimentos paredistas. Das seis greves
registradas, três ocorrem aqui.
Quem é usuário dos serviços públicos no Estado deve se lembrar do que
aconteceu ano passado no setor. Além da greve dos professores da rede
estadual, que aconteceu em junho, seguida de outra greve no
Departamento de Trânsito(Detran), que se estendeu por mais de duas
semanas.
Em agosto e setembro de 2011, os policiais civis deflagraram um dos
maiores movimentos grevistas já registrados no setor da Segurança
Pública estadual. Cruzaram os braços por mais de dois meses, precisos
66 dias, na luta por melhorias salariais e reconhecimento de outros
direitos.
Para o sindicalista Jelder Pompeo de Cerqueira, do movimento
intersindical, que atua na organização de sindicatos e greves, avalia
cruzar os braços ainda é o meio mais eficaz de mostrar ao patrão, seja
ele do setor público ou privado, poder e relevância do trabalho.
Cerqueira, que é servidor público da Educação, diz que em Mato Grosso
as greves são fundamentais. Ele explica que quando poderes que
deveriam ser desassociados, como Judiciário, Executivo e Legislativo
tomam decisões que indicam que estão associadas, parar pode ser a
única maneira de mostra força não vista ou reconhecida por esses
poderes.
E ainda, mostra à população que mesmo não sendo o mecanismo mais
adequado, parar tornou-se o único recurso para chamar a atenção e
buscar direitos. Também, de fazer com que a sociedade, prejudicada
pela paralisação de servidores, cobre do setor público.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/35060/visualizar/
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