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Fundação MT desenvolve a soja Inox, que resiste a ferrugem
Toda dona de casa sabe o tipo de panelas e talheres que não enferrujam. Dessa sabedoria popular nasceu o nome da cultivar de soja Inox, que está sendo desenvolvida pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) - sediada em Rondonópolis - para resistir aos ataques do fungo causador da ferrugem asiática e que se disseminou pelas lavouras brasileiras, atravessou as fronteiras com os vizinhos Paraguai e Argentina, e agora também dá as caras no Mississipi, Louisiana e na Flórida, nos Estados Unidos.
Inox é segredo guardado a sete chaves na Fundação MT, onde ninguém revela o estágio da pesquisa nem os campos onde os experimentos são testados. E nem poderia ser diferente, afinal, o que está em jogo é uma variedade de soja com resistência genética ao maior inimigo da cultura mundial dessa leguminosa, a ferrugem asiática, que na safra em curso deverá causar um bilionário rombo sem precedentes no agronegócio de Mato Grosso e das demais regiões produtoras no Brasil e no exterior.
SILÊNCIO - O rombo financeiro causado pela ferrugem asiática está diretamente associado à quebra de produtividade e ao custo da aplicação de fungicidas na área cultivada com a soja em Mato Grosso, de 5,9 milhões de hectares, que se mantivesse imune ao fungo e a problemas climáticos deveria produzir 17,7 milhões de toneladas, segundo estimativa do IBGE.
Em entrevista exclusiva ao Diário, na terça-feira passada, em Rondonópolis, mas sem aprofundar na questão, o superintendente da Fundação MT, Dario Hiromoto, admitiu a pesquisa em busca da variedade Inox e revelou que o Núcleo Melhoramento de Soja de sua entidade esteve perto de alcançar a cultivar imune à doença, mas que a ferrugem asiática tem uma agressividade muito grande e quebrou a resistência do material então desenvolvido. Esse tropeço - segundo ele - não desmotivou os pesquisadores e tudo aponta para um resultado satisfatório.
A Fundação MT trabalha em silêncio sobre a Inox. Dario assustou-se ao ser abordado sobre a pesquisa, pois imaginava que a entrevista seria exclusivamente sobre o Agrishow Cerrado, que a Fundação MT promoverá de 19 a 23 de abril em Rondonópolis.
“O assunto é extremamente delicado e exige cautela”, observou uma fonte da Fundação MT. A cautela se prende ao fato de que outras instituições brasileiras e do exterior também correm atrás de variedades resistentes ao fungo da ferrugem asiática. Qualquer descuido pode municiar a concorrência e jogar por terra um trabalho que está custando os olhos da cara e queimando pestanas da elite de pesquisadores da agricultura tropical em Mato Grosso. A mesma fonte cita que a pesquisa, “Avançou muito do final do ano pra cá”.
Pesquisadores da Fundação MT estão rastreando introduções de todas as partes do mundo para o afunilamento da variedade Inox que será resistente ao fungo Phakopsora pachyrhizi causador da doença. No cenário doméstico – acrescenta a fonte – é possível trabalhar em todas as vertentes pelas peculiaridades regionais de Mato Grosso e até mesmo pela diversificação da cultura da soja orgânica, transgênica, irrigada pelo sistema de pivô, da safra principal e safrinha e de ciclos distintos.
TADASHI – Ao contrário dos colegas da Fundação MT, o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa da Soja da Embrapa, em Londrina (PR), José Tadashi Yorinori, diz que a ferrugem asiática é um problema sem solução com o qual o produtor tem que aprender a conviver. Argumenta que o fungo causador da doença não tem como ser extirpado, uma vez que pode ser encontrado em mais de 80 leguminosas, e inclusive numa espécie muito comum de carrapicho. Para Tadashi a solução é a utilização de fungicidas para o controle da doença.
Num aspecto os pesquisadores Tadashi e Dario concordam: é impossível erradicar a ferrugem asiática. Noutro divergem: o primeiro acredita que o controle somente pode ser feito com fungicidas. O outro reconhece a eficiência das aplicações, mas aposta alto na resistência da cultivar de soja da variedade Inox que mesmo tirando seu sono não lhe rouba o sonho.
Inox é segredo guardado a sete chaves na Fundação MT, onde ninguém revela o estágio da pesquisa nem os campos onde os experimentos são testados. E nem poderia ser diferente, afinal, o que está em jogo é uma variedade de soja com resistência genética ao maior inimigo da cultura mundial dessa leguminosa, a ferrugem asiática, que na safra em curso deverá causar um bilionário rombo sem precedentes no agronegócio de Mato Grosso e das demais regiões produtoras no Brasil e no exterior.
SILÊNCIO - O rombo financeiro causado pela ferrugem asiática está diretamente associado à quebra de produtividade e ao custo da aplicação de fungicidas na área cultivada com a soja em Mato Grosso, de 5,9 milhões de hectares, que se mantivesse imune ao fungo e a problemas climáticos deveria produzir 17,7 milhões de toneladas, segundo estimativa do IBGE.
Em entrevista exclusiva ao Diário, na terça-feira passada, em Rondonópolis, mas sem aprofundar na questão, o superintendente da Fundação MT, Dario Hiromoto, admitiu a pesquisa em busca da variedade Inox e revelou que o Núcleo Melhoramento de Soja de sua entidade esteve perto de alcançar a cultivar imune à doença, mas que a ferrugem asiática tem uma agressividade muito grande e quebrou a resistência do material então desenvolvido. Esse tropeço - segundo ele - não desmotivou os pesquisadores e tudo aponta para um resultado satisfatório.
A Fundação MT trabalha em silêncio sobre a Inox. Dario assustou-se ao ser abordado sobre a pesquisa, pois imaginava que a entrevista seria exclusivamente sobre o Agrishow Cerrado, que a Fundação MT promoverá de 19 a 23 de abril em Rondonópolis.
“O assunto é extremamente delicado e exige cautela”, observou uma fonte da Fundação MT. A cautela se prende ao fato de que outras instituições brasileiras e do exterior também correm atrás de variedades resistentes ao fungo da ferrugem asiática. Qualquer descuido pode municiar a concorrência e jogar por terra um trabalho que está custando os olhos da cara e queimando pestanas da elite de pesquisadores da agricultura tropical em Mato Grosso. A mesma fonte cita que a pesquisa, “Avançou muito do final do ano pra cá”.
Pesquisadores da Fundação MT estão rastreando introduções de todas as partes do mundo para o afunilamento da variedade Inox que será resistente ao fungo Phakopsora pachyrhizi causador da doença. No cenário doméstico – acrescenta a fonte – é possível trabalhar em todas as vertentes pelas peculiaridades regionais de Mato Grosso e até mesmo pela diversificação da cultura da soja orgânica, transgênica, irrigada pelo sistema de pivô, da safra principal e safrinha e de ciclos distintos.
TADASHI – Ao contrário dos colegas da Fundação MT, o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa da Soja da Embrapa, em Londrina (PR), José Tadashi Yorinori, diz que a ferrugem asiática é um problema sem solução com o qual o produtor tem que aprender a conviver. Argumenta que o fungo causador da doença não tem como ser extirpado, uma vez que pode ser encontrado em mais de 80 leguminosas, e inclusive numa espécie muito comum de carrapicho. Para Tadashi a solução é a utilização de fungicidas para o controle da doença.
Num aspecto os pesquisadores Tadashi e Dario concordam: é impossível erradicar a ferrugem asiática. Noutro divergem: o primeiro acredita que o controle somente pode ser feito com fungicidas. O outro reconhece a eficiência das aplicações, mas aposta alto na resistência da cultivar de soja da variedade Inox que mesmo tirando seu sono não lhe rouba o sonho.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350714/visualizar/
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