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Árabes e sul-americanos discutem livre comércio no Marrocos
Os ministros de Relações Exteriores dos 12 países sul-americanos e das 22 nações árabes se reúnem nesta sexta-feira em Marrakesh, no Marrocos, para tentar fechar o texto da declaração que será assinado na Cúpula dos Países Árabes e da América do Sul marcada para maio, em Brasília.
Na quinta-feira - e mesmo antes, paralelamente ao encontro da Liga Árabe, na Argélia –, diplomatas já vinham fazendo discussões preparatórias para a reunião dos ministros de Estado.
Há a expectativa de que as discussões em Marrakesh e depois em Brasília possam levar, no médio prazo, à negociação de uma área de livre comércio entre as duas regiões. Já há algumas iniciativas em curso, como as discussões para uma união comercial que o Mercosul promove, separadamente, com o Egito e o Marrocos.
"O projeto desde o início é centrado sobre a cooperação cultural, científica, tecnológica, comercial e econômica. Claro que, quando tantos chefes de Estado se reúnem (como vai acontecer na cúpula de maio), há conversas e apreciações comuns sobre temas da agenda política internacional, mas este não é o ponto central do encontro", disse o embaixador do Brasil no Marrocos, Carlos Simas Magalhães.
"O grosso da declaração (que está sendo preparada agora para assinatura em maio) está concentrado no interesse de os dois blocos se conhecerem melhor e desenvolverem novos tipos de cooperação econômica e comercial."
Comércio
No ano passado, o Brasil teve um intercâmbio comercial de cerca de US$ 8,2 bilhões com os países árabes, divididos praticamente meio a meio entre exportações e importações.
Ninguém conta com a possibilidade de estas nações subsituírem os grandes parceiros econômicos do Brasil, como os Estados Unidos, a China, os países latinos e europeus, mas elas vêm adquirindo cada vez mais destaque na política externa brasileira, tanto por aspectos políticos como também pelo interesse econômico de abertura de novos mercados.
O secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Allaby, acredita que, nos próximos dois anos, é possível que a corrente de comércio entre o Brasil e o Mundo Árabe ultrapasse US$ 12 bilhões.
"As exportações poderiam ficar em torno de US$ 7 bilhões. Se considerarmos que os países árabes importam mais de US$ 220 bilhões por ano, ainda sobra muito espaço para crescer", comenta.
Este ano, Allaby espera que as exportações brasileiras para a região cresçam cerca de 20% em relação a 2004 e prevê um aumento menor para as importações.
"Mas é possível que, em valor, a balança acabe continuando empatada porque o preço do petróleo (o principal produto importado pelo Brasil dos países árabes) vem aumentando muito", admite.
Encontros
A reunião de Marrakesh é o segundo encontro ministerial preparatório à Cúpula de Brasília.
O primeiro aconteceu em setembro do ano passado, em Nova York, aproveitando a presença das autoridades na Assembléia Geral da ONU.
Os chefes de Estado de todas as 22 nações árabes e dos 12 países da América do Sul foram convidados para a reunião em Brasília.
Todos confirmaram o envio de representantes, mas ainda não se sabe quais chefes de Estado vão comparecer.
Na quinta-feira - e mesmo antes, paralelamente ao encontro da Liga Árabe, na Argélia –, diplomatas já vinham fazendo discussões preparatórias para a reunião dos ministros de Estado.
Há a expectativa de que as discussões em Marrakesh e depois em Brasília possam levar, no médio prazo, à negociação de uma área de livre comércio entre as duas regiões. Já há algumas iniciativas em curso, como as discussões para uma união comercial que o Mercosul promove, separadamente, com o Egito e o Marrocos.
"O projeto desde o início é centrado sobre a cooperação cultural, científica, tecnológica, comercial e econômica. Claro que, quando tantos chefes de Estado se reúnem (como vai acontecer na cúpula de maio), há conversas e apreciações comuns sobre temas da agenda política internacional, mas este não é o ponto central do encontro", disse o embaixador do Brasil no Marrocos, Carlos Simas Magalhães.
"O grosso da declaração (que está sendo preparada agora para assinatura em maio) está concentrado no interesse de os dois blocos se conhecerem melhor e desenvolverem novos tipos de cooperação econômica e comercial."
Comércio
No ano passado, o Brasil teve um intercâmbio comercial de cerca de US$ 8,2 bilhões com os países árabes, divididos praticamente meio a meio entre exportações e importações.
Ninguém conta com a possibilidade de estas nações subsituírem os grandes parceiros econômicos do Brasil, como os Estados Unidos, a China, os países latinos e europeus, mas elas vêm adquirindo cada vez mais destaque na política externa brasileira, tanto por aspectos políticos como também pelo interesse econômico de abertura de novos mercados.
O secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Allaby, acredita que, nos próximos dois anos, é possível que a corrente de comércio entre o Brasil e o Mundo Árabe ultrapasse US$ 12 bilhões.
"As exportações poderiam ficar em torno de US$ 7 bilhões. Se considerarmos que os países árabes importam mais de US$ 220 bilhões por ano, ainda sobra muito espaço para crescer", comenta.
Este ano, Allaby espera que as exportações brasileiras para a região cresçam cerca de 20% em relação a 2004 e prevê um aumento menor para as importações.
"Mas é possível que, em valor, a balança acabe continuando empatada porque o preço do petróleo (o principal produto importado pelo Brasil dos países árabes) vem aumentando muito", admite.
Encontros
A reunião de Marrakesh é o segundo encontro ministerial preparatório à Cúpula de Brasília.
O primeiro aconteceu em setembro do ano passado, em Nova York, aproveitando a presença das autoridades na Assembléia Geral da ONU.
Os chefes de Estado de todas as 22 nações árabes e dos 12 países da América do Sul foram convidados para a reunião em Brasília.
Todos confirmaram o envio de representantes, mas ainda não se sabe quais chefes de Estado vão comparecer.
Fonte:
Cairo/BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350926/visualizar/
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