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Tuberculose cai no mundo, mas aumenta na Europa e na África
As taxas de infecção por tuberculose caíram 20% no mundo inteiro desde 1990, à exceção da África e da Europa, continentes onde o número de casos da doença aumentou, informa um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na África, a tuberculose já se tornou a principal causa de morte entre portadores do vírus HIV, que causa a Aids.
No caso da Europa, e especificamente do Leste Europeu, a região mais afetada, o aumento estaria sendo causado pela resistência das variantes locais da doença às drogas convencionais, diz a OMS.
O maior problema, no entanto, está na África. Quase um terço das mortes por tuberculose ocorre no continente, o mais afetado pela Aids.
De acordo com a organização, além da alta incidência da Aids, que favorece o aparecimento de doenças "oportunistas", a precária infra-estrutura de saúde alimenta uma epidemia de tuberculose no continente africano.
"A tuberculose é agora a infecção oportunista número um para pessoas soropositivas e a maior causa de morte para pessoas com Aids", afirmou a diretora da organização de combate à doença baseada em Washington, Results International, Joanne Carter, segundo a agência de notícias France Presse.
Tanto a entidade quanto a União Internacional contra a Tuberculose e Doença de Pulmão, de Paris, participaram da elaboração do relatório.
50 vezes mais
Segundo Carter, o vírus HIV aumenta em 50 vezes o risco de uma pessoa que tem a bactéria da tuberculose de desenvolver a doença.
"Em muitos países africanos severamente atingidos pela (epidemia) HIV/Aids, os casos de tuberculose mais do que triplicaram na última década", acrescentou a especialista em uma entrevista coletiva pelo telefone.
O tratamento para a tuberculose custa cerca de R$ 20 por seis meses, mas metade dos pacientes em países como Uganda não têm acesso aos medicamentos que precisam.
O diretor da OMS, Li Jung-Wook, disse que, ao contrário da Ásia, que conseguiu ampliar o acesso ao tratamento, faltou a mesma liderança política na África.
Li, no entanto, disse que o aumento de infecções em países como a Grã-Bretanha não deve justificar medidas como controles mais rígidos sobre imigrantes de vêm dos países afetados pela doença, que vêm sendo propostas por alguns políticos.
Segundo o médico, a obrigatoriedade da radiografia simplesmente empurraria o problema para a clandestinidade.
O relatório é divulgado na véspera do Dia Mundial do Combate à Tuberculose, cuja celebração lembra a descoberta do bacilo que causa a doença, em 24 de março de 1882.
Os avanços no combate à tuberculose estagnaram em sete de nove países africanos avaliados no relatório.
A OMS instituiu notas para o desempenho dos países no combate à doença que matou 1,8 milhão de pessoas no ano passado.
No caso da Europa, e especificamente do Leste Europeu, a região mais afetada, o aumento estaria sendo causado pela resistência das variantes locais da doença às drogas convencionais, diz a OMS.
O maior problema, no entanto, está na África. Quase um terço das mortes por tuberculose ocorre no continente, o mais afetado pela Aids.
De acordo com a organização, além da alta incidência da Aids, que favorece o aparecimento de doenças "oportunistas", a precária infra-estrutura de saúde alimenta uma epidemia de tuberculose no continente africano.
"A tuberculose é agora a infecção oportunista número um para pessoas soropositivas e a maior causa de morte para pessoas com Aids", afirmou a diretora da organização de combate à doença baseada em Washington, Results International, Joanne Carter, segundo a agência de notícias France Presse.
Tanto a entidade quanto a União Internacional contra a Tuberculose e Doença de Pulmão, de Paris, participaram da elaboração do relatório.
50 vezes mais
Segundo Carter, o vírus HIV aumenta em 50 vezes o risco de uma pessoa que tem a bactéria da tuberculose de desenvolver a doença.
"Em muitos países africanos severamente atingidos pela (epidemia) HIV/Aids, os casos de tuberculose mais do que triplicaram na última década", acrescentou a especialista em uma entrevista coletiva pelo telefone.
O tratamento para a tuberculose custa cerca de R$ 20 por seis meses, mas metade dos pacientes em países como Uganda não têm acesso aos medicamentos que precisam.
O diretor da OMS, Li Jung-Wook, disse que, ao contrário da Ásia, que conseguiu ampliar o acesso ao tratamento, faltou a mesma liderança política na África.
Li, no entanto, disse que o aumento de infecções em países como a Grã-Bretanha não deve justificar medidas como controles mais rígidos sobre imigrantes de vêm dos países afetados pela doença, que vêm sendo propostas por alguns políticos.
Segundo o médico, a obrigatoriedade da radiografia simplesmente empurraria o problema para a clandestinidade.
O relatório é divulgado na véspera do Dia Mundial do Combate à Tuberculose, cuja celebração lembra a descoberta do bacilo que causa a doença, em 24 de março de 1882.
Os avanços no combate à tuberculose estagnaram em sete de nove países africanos avaliados no relatório.
A OMS instituiu notas para o desempenho dos países no combate à doença que matou 1,8 milhão de pessoas no ano passado.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350927/visualizar/
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