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Quinta - 24 de Março de 2005 às 06:55
Por: Rose Domingues

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Cerca de duas horas de chuva intensa na manhã de ontem desabrigou várias famílias nos bairros São Matheus, Tijucal e Praeirinho. O trânsito no centro de Cuiabá praticamente parou durante o pico da chuva que atingiu 82 milímetros (mm), uma das médias mais altas entre os meses de fevereiro e março deste ano. No bairro Grande Terceiro, próximo à Universidade de Cuiabá (Unic), a Defesa Civil da Capital informou que veículos foram levados pela enxurrada. Já na feira do Verdão, um muro caiu em cima de um carro estacionado que ficou praticamente destruído. Muita gente nem saiu de casa para trabalhar ou ir à escola.

No interior do Estado, a chuva tem castigado ainda mais a população. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Estado, Domingos Iglesias, dos oito municípios da região Norte em estado crítico, quatro já conseguiram o decreto da "situação de emergência". Os demais não foram vistoriados porque se encontram isolados. Em Novo Mundo, por exemplo, Iglesias adianta que só será possível chegar de avião. "O trecho da BR-163 perto de Peixoto de Azevedo e Matupá está alagado, impossível de passar".

O monitoramente da Defesa Civil, em Cuiabá, às localidades de risco deve continuar até o período crítico de chuvas acabar. Na avaliação de Domingos Iglesias, Cuiabá não corre o risco de apresentar uma enchente nas proporções de 1974 ou 1994. Mesmo com a intensidade da chuva de ontem, faltavam 4,5 metros (m) para o rio Cuiabá atingir a cota de alerta e 6,5 m e chegar na de emergência. O grande receio de alagamento, segundo ele, está em Santo Antônio do Leverger. "A situação dos municípios no entorno do rio ficará cada vez pior, porque ele está todo assoreado. No mês passado, consegui atravessar o rio Cuiabá sem molhar os pés, isso realmente é crítico", finaliza o coordenador da Defesa Civil, que fez os cálculos e adianta que são necessários US$ 72 milhões para o desassoreamento do principal rio da região da Baixada Cuiabana.

Questionado se há a possibilidade de acontecer este ano a tragédia registrada em abril de 2001, o coordenador da Defesa Civil municipal, Oscar Santos, diz que não e que a situação naquela época era outra. "A precipitação foi de 200 milímetros, os córregos estavam assoreados e represas estouraram. Naquele dia, houve uma onda vinda do Três Barras de 8 metros de altura. "Acredito que é difícil que esta situação se repita", encerra.




Fonte: A Gazeta

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