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Argentinos lembram os 29 anos do golpe militar
Órgãos de defesa dos direitos humanos e parentes de desaparecidos durante a última ditadura militar argentina iniciaram nesta quarta-feira uma vigília para lembrar o golpe de Estado de 24 de março de 1976. Os principais atos estão previstos para amanhã, quinta-feira, e acontecerão na Praça de Maio de Buenos Aires, a mesma onde em 1977 um grupo de mães começou a exigir informações sobre o paradeiro de seus filhos, vítimas do regime militar (1976-1983).
As manifestações começaram hoje com uma vigília convocada pelo agrupamento de esquerda Quebracho, que aproveitará a ocasião para pedir "a liberdade dos presos políticos".
De madrugada eles se reunirão com os filhos dos desaparecidos, que prometem encher o centro da cidade de pichações alusivas aos 29 anos do golpe que instaurou a mais cruel ditadura da história do país e farão um ato em memória de seus pais.
"Nós não perdoamos porque não esquecemos e, como não somos iguais aos assassinos de nosso povo, jamais nos reconciliaremos", assegurou hoje em comunicado o agrupamento Hijos, que voltou a criticar as "leis de impunidade" que beneficiaram centenas de acusados por delitos de repressão.
Na quinta-feira à tarde, cerca de 150 organizações agrupadas no "Encontro Memória, Verdade e Justiça" marcharão da sede do Parlamento até a Praça de Maio sob o lema "Hoje como ontem, basta de impunidade, fome, entrega e repressão". No trajeto, os manifestantes levarão uma bandeira com fotos dos desaparecidos.
Os atos terminarão com uma homenagem aos cerca de 30 mortos nos dias 19 e 20 de dezembro de 2001, durante as revoltas populares que antecederam o fim do governo de Fernando de la Rúa (1999-2001). Além disso, durante toda o dia serão realizadas passeatas e manifestações em várias cidades do país.
A memória dos horrores da ditadura também terá seu espaço nos âmbitos culturais, já que na quinta-feira será apresentada em Buenos Aires a peça de teatro "Brazos azules". Além do espetáculo inspirado em testemunhos de sobreviventes do regime ditatorial, será projetada em várias salas da Argentina o documentário Nietos, identidad y memória. O filme, dirigido por Benjamín Avila e que estreou no ano passado, mergulha na intimidade dos filhos dos desaparecidos e destaca o trabalho das Avós de Praça de Maio, que com sua luta conseguiram recuperar 79 netos.
A presidente desse agrupamento, Estela de Carlotto, disse hoje em entrevista coletiva que "pôr no cinema a verdade clara e histórica é uma obrigação". O documentário também será exibido nas salas que o Instituto de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina tem em Roma, Paris, Madri, Washington, Nova York, Toronto e Assunção.
De acordo com dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram na Argentina entre 1976 e 1983, embora as organizações de direitos humanos tenham elevado o número para 30 mil.
As manifestações começaram hoje com uma vigília convocada pelo agrupamento de esquerda Quebracho, que aproveitará a ocasião para pedir "a liberdade dos presos políticos".
De madrugada eles se reunirão com os filhos dos desaparecidos, que prometem encher o centro da cidade de pichações alusivas aos 29 anos do golpe que instaurou a mais cruel ditadura da história do país e farão um ato em memória de seus pais.
"Nós não perdoamos porque não esquecemos e, como não somos iguais aos assassinos de nosso povo, jamais nos reconciliaremos", assegurou hoje em comunicado o agrupamento Hijos, que voltou a criticar as "leis de impunidade" que beneficiaram centenas de acusados por delitos de repressão.
Na quinta-feira à tarde, cerca de 150 organizações agrupadas no "Encontro Memória, Verdade e Justiça" marcharão da sede do Parlamento até a Praça de Maio sob o lema "Hoje como ontem, basta de impunidade, fome, entrega e repressão". No trajeto, os manifestantes levarão uma bandeira com fotos dos desaparecidos.
Os atos terminarão com uma homenagem aos cerca de 30 mortos nos dias 19 e 20 de dezembro de 2001, durante as revoltas populares que antecederam o fim do governo de Fernando de la Rúa (1999-2001). Além disso, durante toda o dia serão realizadas passeatas e manifestações em várias cidades do país.
A memória dos horrores da ditadura também terá seu espaço nos âmbitos culturais, já que na quinta-feira será apresentada em Buenos Aires a peça de teatro "Brazos azules". Além do espetáculo inspirado em testemunhos de sobreviventes do regime ditatorial, será projetada em várias salas da Argentina o documentário Nietos, identidad y memória. O filme, dirigido por Benjamín Avila e que estreou no ano passado, mergulha na intimidade dos filhos dos desaparecidos e destaca o trabalho das Avós de Praça de Maio, que com sua luta conseguiram recuperar 79 netos.
A presidente desse agrupamento, Estela de Carlotto, disse hoje em entrevista coletiva que "pôr no cinema a verdade clara e histórica é uma obrigação". O documentário também será exibido nas salas que o Instituto de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina tem em Roma, Paris, Madri, Washington, Nova York, Toronto e Assunção.
De acordo com dados oficiais, 18 mil pessoas desapareceram na Argentina entre 1976 e 1983, embora as organizações de direitos humanos tenham elevado o número para 30 mil.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/351299/visualizar/
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