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Internacional
Quarta - 23 de Março de 2005 às 22:33

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Uma nova ação contra o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, desta vez pelo seqüestro da jovem Muriel Dockendorff, presa e desaparecida desde 1974, foi apresentada nesta quarta-feira pela advogada Alejandra Arriaza, informaram fontes judiciais.

A ação também pede que a Corte de Apelações de Santiago do Chile inclua acusações contra funcionários civis do regime militar liderado pelo general Pinochet (1973-1990).

A advogada, que representa os familiares da jovem desaparecida - que militava no Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR) - acusa Pinochet pelos crimes de "formação de quadrilha, seqüestro, genocídio e tortura".

Os acusados civis são o ex-embaixador do Chile nas Nações Unidas e atual presidente do partido direitista Renovação Nacional (RN), Sergio Díez, e o ex-ministro do Interior Sergio Fernández, que agora é senador da ultraconservadora União Democrata Independiente (UDI).

No caso de Díez, o pedido é realizado pelas declarações que o mesmo fez na ONU, em 1975, quando negou a existência legal de presos desaparecidos. Sobre Fernández, a solicitação se explica pelo conhecimento que deveria ter do paradeiro de Dockendorff, já que era ministro do Interior.

Muriel Dockendorff Navarrete foi detida em 6 de agosto de 1974, quando tinha 23 anos, por agentes da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia política da ditadura. As últimas vezes em que foi vista, estava nos centros de detenção e torturas "Londres 38" e "Quatro Alamos".

Essa ação se soma a outras contra Pinochet, processado no último dia 13 de dezembro passado pelo juiz Juan Guzmán por nove seqüestros e um homicídio durante a "Operação Condor", que coordenou os aparelhos repressores das ditaduras do Cone Sul na década de 1970.





Fonte: EFE

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