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Economia
Quinta - 29 de Novembro de 2012 às 09:47
Por: KAMILA ARRUDA

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A campanha para prefeito de Cuiabá em 2012 ficou 137% mais cara que a de 2008. Juntos, os dois candidatos que foram ao segundo turno – Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT) – gastaram cerca de R$ 22,8 milhões neste ano. Em 2008, Wilson Santos (PSDB) e Mauro Mendes (então PR), que foram ao segundo turno na ocasião, tiveram, juntos, R$ 9,6 milhões em despesas. Os números são referentes ao que foi gasto nos dois turnos.

Somente o socialista declarou ter gasto com sua campanha deste ano, da qual saiu vitorioso, R$ 13,4 milhões, sendo o pagamento de cabos eleitorais o maior empenho feito no período. O montante é R$ 7,2 milhões a mais que o que ele afirma ter utilizado no pleito de 2008, quando concorreu ao comando do Palácio Alencastro pela primeira vez. Na época, a rubrica pessoal também foi seu maior gasto.

Já Wilson conseguiu se reeleger gastando R$ 3,3 milhões, quase metade que o empresário afirmou ter tido de despesa. Este ano, entretanto, o adversário de Mendes, Lúdio Cabral, gastou R$ 9,4 milhões. O petista manteve sua meta financeira mesmo disputando os dois turnos da eleição. Sua estimativa era gastar, no máximo, R$ 9,8 milhões. A remuneração a cabos eleitorais ocupou grande parte do orçamento.

A arrecadação das campanhas dos candidatos que foram ao segundo turno, contudo, sofreu um aumento de 96%. Em 2008, os dois principais candidatos angariaram R$ 10,1 milhões juntos. Este ano os postulantes levantaram quase o dobro: R$ 19,8 milhões.

Se for levada em consideração a inflação oficial entre 2008 e 2012, os gastos dos dois principais candidatos tiveram aumento de 93,22%, enquanto a arrecadação cresceu 73,26%. No período de quatro anos, conforme o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foram 23%.

Apesar de ter declarado uma despesa de R$ 13,4 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a campanha deste ano, Mendes arrecadou R$ 12,4 milhões. Deste montante, R$ 6 milhões foram tirados de seu próprio bolso. Além disso, a empresa de sua propriedade, Bimetal, também contribuiu com R$ 764 mil. Desta forma, o socialista foi o maior doador de sua campanha.

Outra empresa que doou um valor considerável foi a Ábaco Tecnologia de Informática, R$ 240 mil, de propriedade de Jandir Milan, que assume hoje a presidência da Fiemt em lugar do próprio Mendes. Com relação a pessoa física, Valdinei Mauro de Souza foi o que mais contribui, com R$ 1,2 milhão. O PSB também colaborou financeiramente doando R$ 2,6 milhões, sendo R$ 1,6 milhão da direção nacional, R$ 50 mil da estadual e R$ 800 mil da municipal.

No ato de registro de candidatura, o empresário declarou ter uma estimativa de gasto de R$ 6 milhões. No entanto, o segundo turno não era certo. Desta forma, o novo gestor gastou R$ 7,4 milhões a mais que o previsto.

Lúdio, por sua vez, conseguiu angariar apenas R$ 7,4 milhões em doações, sendo que apenas R$ 14 mil saíram do seu bolso. O maior contribuinte de sua campanha eleitoral foi o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele é responsável por doar R$ 2,2 milhões para tentar eleger o vereador como prefeito de Cuiabá.

Outro doador relevante foi a empresa Eletricidade Paranaense, que encaminhou à conta do então candidato petista R$ 1 milhão. O Supermercado Compre Mais também colaborou com a campanha de Lúdio, repassando R$ 559 mil. A Açofer deu R$ 100 mil e a Cetap, de distribuição de produtos domésticos, R$ 99,9 mil.

Desta forma, Mauro e Lúdio não conseguiram arcar com todos os gastos durante o período eleitoral. Ambos terminaram a disputa com dívidas. O petista com R$ 2 milhões e o futuro gestor, com R$ 1 milhão.




Fonte: DO DC

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