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Quinta - 29 de Novembro de 2012 às 09:32
Por: KAMILA ARRUDA

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Mesmo tendo renunciado ao cargo de prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD) continuar sendo alvo de suspeitas do Legislativo municipal. Desta vez, por ter gastado R$ 6 milhões com medicamentos este ano. Os vereadores Fábio Saad (PTC), Toninho do Glória (PV) e Chico Curvo (PSD) apresentarem um requerimento solicitando informações sobre a aquisição, uma vez que as policlínicas e o pronto-socorro local já estão sem medicamento.

“Constatamos que não tinha medicação nem o dinheiro para comprar mais remédio e abastecer os hospitais de Várzea Grande, então para onde foram os R$ 6 milhões gastos com medicamento?”, questiona Saad que, ironicamente, foi secretário de Saúde no município na gestão Zaeli.

Os vereadores querem a cópia da documentação de compra e da nota de entrada, bem como informações sobre o empenho realizado sobre o fornecedor dos medicamentos. O requerimento foi aprovado por unanimidade e encaminhado à Secretaria de Finanças. A expectativa é receber uma resposta em 15 dias.

Saad, entretanto, acha prematuro dizer que houve desvio de recurso. “Não podemos dizer se isso aconteceu. Pedimos os documentos justamente para averiguar o que foi de fato. Não é porque estamos no final do mandato que vamos deixar de trabalhar. Se não fizermos isso, Wallace vai ter um trabalho muito grande ano que vem”.

As suspeitas com relação ao caso foram levantadas pelo atual secretário de Saúde, Marcos Boró, devido à falta de medicamentos e de dinheiro em caixa. Os R$ 6 milhões em medicamentos haviam sido adquiridos na gestão do secretário Marcos José.

O vereador do PTC garante que, quando secretário, deixou R$ 5 milhões em caixa. “Hoje a secretaria está com déficit de medicação, foram gastos R$ 6 milhões, e os R$ 5 milhões que estavam lá ninguém sabe onde foi parar”.

Engrossando o coro dos parlamentares, o vereador Charles Caetano (PR) também pediu esclarecimento sobre a suposta compra de medicamentos.

“Comprou-se tanto medicamento e as notícias que nós temos, dos vereadores, dos médicos, enfermeiros, enfermeiras, é uma ausência total de medicamentos nas unidades de Saúde deste ano”, disse Charles.

Após o recebimento dos documentos e análise por parte do Legislativo, o republicano pretende encaminhar o levantamento para o Ministério Público.

”Vamos encaminhá-lo para o Ministério Público, para que o órgão possa abrir um processo civil e verificar quem é que errou, por que errou e por quais motivos levaram estas pessoas a errarem tanto com o pobre doente de Várzea Grande”.

Outro lado – O ex-prefeito Tião da Zaeli e o ex-secretário de Saúde Marcos José não foram encontrados pela reportagem para comentar a denúncia. O atual gestor, Maninho de Barros (PSD), entretanto, não quis se manifestar. “Não falo de passado”.




Fonte: DO DC

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