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Nacional
Quarta - 23 de Março de 2005 às 10:10

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A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de limitar a reforma ministerial à substituição dos ministros da Previdência e do Planejamento foi comemorada pelos petistas de Pernambuco, que contabilizaram como vitória a permanência do ministro da Saúde, Humberto Costa, no cargo. O prefeito do Recife, João Paulo, avaliou que Humberto saiu mais fortalecido para disputar o Governo do Estado, em 2006, ao permanecer à frente da pasta. "Humberto tem muito trabalho e isso foi reconhecido. Ele mostrou que não é fraco e sai mais fortalecido disso tudo", garantiu. Para o prefeito, o correligionário não corria o risco de cair. "Eu acho que fizeram uma leitura errada para fragilizar o ministro. Não havia fritura".

Quanto ao "efeito Severino", o prefeito acredita que a pressão do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP), sobre o presidente Lula, não interferiu nos rumos da reforma. "O que Severino disse não teve esse impacto todo. Lula tem seu tempo e todo mundo queria que o anúncio fosse no tempo de cada um. Acho que o presidente fez no tempo correto, no momento em que ele estava com as medidas estratégicas nacionais", analisou.

O deputado federal Maurício Rands (PT) comemorou o resultado da reforma. "Liguei para parabenizar Humberto e também para falar que na Câmara muitos colegas vieram se confraternizar, dizer que estavam do lado dele. Como sempre, Humberto estava muito tranqüilo, a caminho do trabalho. Ele não parou por conta de reforma", relatou Rands, sobre o telefonema com o ministro, que estava a caminho de Palmas (TO), a serviço do ministério, ontem. "Humberto tem uma ampla interlocução com a base social da saúde pública, além dos bons resultados gerenciais da pasta. Ciro Gomes (cotado para trocar a Integração pela Saúde) não tem a mesma interlocução. Não cabia essa troca", comparou Rands, que também concordou que o episódio fortaleceu o ministro para disputar o Governo. ¿Humberto é o nome do PT¿.

Segundo interlocutores do presidente, Costa chegou a ser comunicado por Lula do seu afastamento. Ele seria substituído por Ciro Gomes (Integração Nacional), mas ontem recebeu a informação do próprio presidente de que seria mantido à frente da pasta. Com isso, Pernambuco continua a ter dois representantes na esplanada dos ministérios: Humberto Costa e Eduardo Campos, que responde pela Ciência e Tecnologia.

O deputado Fernando Ferro (PT), que liderou um movimento pela permanência de Humberto Costa, avaliou que a decisão do presidente foi importante para o PT, que se manteve na pasta, e para o País. "O presidente entendeu que é muito importante que o Ministério da Saúde fique com o partido e o nome mais indicado é o de Humberto Costa. Ele tem promovido ações importantes no Rio de Janeiro (que enfrenta uma crise na saúde pública), além de já estar colhendo os frutos de sua gestão", disse o deputado.





Fonte: Agencia Nordeste

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