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Quinta - 29 de Novembro de 2012 às 06:53
Por: ADILSON ROSA

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Tribunal do Júri acontece no Fórum de Cuiabá no período da manhã e o crime aconteceu no bairro Aráes na Capital
Tribunal do Júri acontece no Fórum de Cuiabá no período da manhã e o crime aconteceu no bairro Aráes na Capital
Após três meses longe de casa, o estudante Jassan Thiago Rosa Jorge, de 33 anos, voltou para Cuiabá onde reside. Ele é a principal testemunha de acusação contra o comerciante Silas Caetano de Farias, que será julgado nesta sexta-feira de manhã pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá. Silas, que é pai de Jassan, é apontado como mandante do assassinato de outro filho, o jovem Marcelo Dias.

Jassan disse que, nesse tempo, ficou morando numa cidade do interior do Estado e chegou a viajar para o Paraguai. Ele apareceu na última sexta-feira para alegria da mãe Dirce Rosa que estava preocupada. Ela disse que o jovem sempre viajava, mas nunca ficou tanto tempo longe sem dar notícias.

Segundo ela, o último contato que teve com o filho foi no dia 13 de outubro. A partir daí, o celular dele não foi mais atendido ou ficou fora da área. “Dois meses é muito tempo sem falar comigo”, relatou a mãe ao acrescentar que o filho saiu sem levar uma mochila sequer.

A mãe lembrou que esse é a terceira vez que Jassan sumiu, mas não um período tão longo. Da primeira vez, ele saiu de Cuiabá e foi localizado em Chapada dos Guimarães. Na segunda, foi parar em Brasília e não dizia “coisa com coisa”. Nas duas primeiras vezes, ele ligava sempre na primeira semana.

Dirce assinalou que o filho sempre pediu para que mudassem de Cuiabá, mas como é funcionária pública, está aguardando até o início do próximo ano para se aposentar. “Antes disso, não tem como mesmo”, adiantou.

Dirce sabe que o filho sempre temeu o pai, principalmente quando foi vítima de tentativa de assassinato em março de 2009. Na ocasião, Jassan foi atingido por sete tiros. O estudante voltou para Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá) e vive com a mãe e o padrasto. A mãe apontou o ex-marido como um dos mandantes do crime. Na ocasião, um soldado PM foi preso como executor.

O militar chegou a se deslocar até o pronto-socorro de Cuiabá (PSC) para ver se "o serviço estava completo". O PM apareceu atirando meses depois no bairro Altos da Serra, na Capital. Desde então, a vida de Dirce e do filho não é mais a mesma.

Silas será julgado como mandante do assassinato do filho Marcelo, executado a tiros no dia 14 de março de 2004, por volta das 20h, em frente ao lava-jato de propriedade da vítima, avenida Marechal Deodoro da Fonseca esquina com a rua Tenente Eulálio Guerra, no bairro Araés, em Cuiabá.

Segundo as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Marcelo estava em frente ao seu lava-jato, falando ao celular, quando foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo efetuados por um pistoleiro.

A vítima foi atingida no tórax e chegou a pedir ajuda a sua companheira, que estava na casa que fica em frente ao estabelecimento comercial, quando o pistoleiro se aproximou e atirou na cabeça




Fonte: DO DC

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