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Unemat discute reforma universitária
Destinada originalmente às universidades federais, a reforma universitária elaborada pelo MEC e apresentada recentemente à sociedade vem sendo discutida também pelas universidades públicas estaduais e municipais do País. No último final de semana, nos dias 19 e 20 de março, a comunidade acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) se reuniu durante no campus universitário de Barra do Bugres para debater a proposta do governo federal e avaliar as mudanças provocadas nas Instituições de Ensino Superior (IES).
Uma das principais metas da reforma é corrigir a distorção existente no acesso às universidades, ainda muito restrito nas universidades públicas. Outro ponto é a distorção mercantil de uma boa parte do sistema privado, além da distorção no quesito qualidade, muito desigual em todo o país.
Questões que interferem nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade estimulou o debate entre cerca de 180 acadêmicos de nove campi universitários da Unemat, que discutiram os reflexos da proposta com pró-reitores da Instituição.
De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Laudemir Zart, um dos pontos positivos da proposta foi trazer em seu texto princípios de pluralidade e diversidade. Ele disse que o maior patrimônio de uma comunidade é o seu conhecimento. “O simples ofício de tecer ou produzir panelas de barro, por exemplo, aponta uma concepção de vida, um complexo sistema de organização social e convívio com o meio-ambiente” avalia.
Apesar de criticar a falta de um debate mais amplo em torno proposta, Neodir Travessini, pró-reitor de Ensino de Graduação, defende a reforma do modelo de ensino superior, que segundo ele, apenas mantém o status que permite o acesso ao ensino superior a uma parcela inexpressiva da sociedade. “A universidade pública deve atender todos os atores sociais”, comentou, dando exemplo dos projetos diferenciados 3º Grau indígena e Curso de Pedagogia para Educadores da Reforma Agrária (Cpera) – oferecidos pela Unemat.
Solange Ykeda, pró-reitora de Extensão e Cultura, observou que a mudança no modelo das universidades brasileiras deve ser um processo contínuo e marcado pela participação dos segmentos da sociedade civil organizada. “Hoje somos nós que estamos dando a nossa contribuição, no futuro serão outras pessoas”, falou.
RESPONSABILIDADE - Coordenador do campus de Sinop, Aumeri Bampi fez críticas ao projeto de reforma e disse que a proposta atual não trata do ensino superior no interior do País, com suas particularidades regionais, não inclui no debate o estudante secundarista e conta com baixa participação acadêmica. “Essa reforma coloca em debate o futuro deles, mas eles não participaram da sua elaboração”, menciona.
Na avaliação do reitor, a proposta deve garantir a participação das universidades estaduais e municipais – responsáveis por um aumento de 152% no percentual de matrículas nas universidades públicas - no orçamento da União destinado as IES. “Essas instituições devem ser incluídas no projeto, tendo respeitados seus aspectos regionais e forma de atuação”, defendeu Taisir Karim.
Estudante do curso de Direito e um dos organizadores do debate, Edno Damascena falou da importância do apoio da administração superior ao evento e da articulação do movimento estudantil.
“Eu acho que nós temos três opções frente ao processo de reforma: adotar o discurso da década de 70 e 80 e ser contra por ser do contra; a outra é ficar com o niilismo e a ausência de sentido, lava às mãos e transfere a responsabilidade para políticos e outras entidades; ou se insere na discussão, como estamos fazendo aqui”, alerta.
Uma das principais metas da reforma é corrigir a distorção existente no acesso às universidades, ainda muito restrito nas universidades públicas. Outro ponto é a distorção mercantil de uma boa parte do sistema privado, além da distorção no quesito qualidade, muito desigual em todo o país.
Questões que interferem nas atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade estimulou o debate entre cerca de 180 acadêmicos de nove campi universitários da Unemat, que discutiram os reflexos da proposta com pró-reitores da Instituição.
De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Laudemir Zart, um dos pontos positivos da proposta foi trazer em seu texto princípios de pluralidade e diversidade. Ele disse que o maior patrimônio de uma comunidade é o seu conhecimento. “O simples ofício de tecer ou produzir panelas de barro, por exemplo, aponta uma concepção de vida, um complexo sistema de organização social e convívio com o meio-ambiente” avalia.
Apesar de criticar a falta de um debate mais amplo em torno proposta, Neodir Travessini, pró-reitor de Ensino de Graduação, defende a reforma do modelo de ensino superior, que segundo ele, apenas mantém o status que permite o acesso ao ensino superior a uma parcela inexpressiva da sociedade. “A universidade pública deve atender todos os atores sociais”, comentou, dando exemplo dos projetos diferenciados 3º Grau indígena e Curso de Pedagogia para Educadores da Reforma Agrária (Cpera) – oferecidos pela Unemat.
Solange Ykeda, pró-reitora de Extensão e Cultura, observou que a mudança no modelo das universidades brasileiras deve ser um processo contínuo e marcado pela participação dos segmentos da sociedade civil organizada. “Hoje somos nós que estamos dando a nossa contribuição, no futuro serão outras pessoas”, falou.
RESPONSABILIDADE - Coordenador do campus de Sinop, Aumeri Bampi fez críticas ao projeto de reforma e disse que a proposta atual não trata do ensino superior no interior do País, com suas particularidades regionais, não inclui no debate o estudante secundarista e conta com baixa participação acadêmica. “Essa reforma coloca em debate o futuro deles, mas eles não participaram da sua elaboração”, menciona.
Na avaliação do reitor, a proposta deve garantir a participação das universidades estaduais e municipais – responsáveis por um aumento de 152% no percentual de matrículas nas universidades públicas - no orçamento da União destinado as IES. “Essas instituições devem ser incluídas no projeto, tendo respeitados seus aspectos regionais e forma de atuação”, defendeu Taisir Karim.
Estudante do curso de Direito e um dos organizadores do debate, Edno Damascena falou da importância do apoio da administração superior ao evento e da articulação do movimento estudantil.
“Eu acho que nós temos três opções frente ao processo de reforma: adotar o discurso da década de 70 e 80 e ser contra por ser do contra; a outra é ficar com o niilismo e a ausência de sentido, lava às mãos e transfere a responsabilidade para políticos e outras entidades; ou se insere na discussão, como estamos fazendo aqui”, alerta.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/351666/visualizar/
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