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Professores e comunidade têm aulas de língua de sinais
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) iniciou este mês o curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), destinado para professores, pais de alunos e comunidade. As aulas estão sendo realizadas no Centro Estadual de Atendimento de Apoio a Deficientes Auditivos (CEAADA). Ao todo, 160 pessoas participam do curso, que tem a duração de um ano e a carga horária de 100 horas. A previsão é que as aulas encerrem em novembro.
Com a duração de duas horas, as aulas foram dividas em dois turnos, matutino e vespertino. No horário de almoço, com um conteúdo mais aprofundado, as aulas são destinadas aos professores.
Durante as aulas, uma intérprete se encarrega de passar as informações aos alunos.
A professora de Libras, Cleodinéia Regina Moletta, destaca que difundir o uso da língua brasileira de sinais à comunidade, é um dos maiores objetivos da Educação Especial. “A rede pública de ensino já dispõe de professores que estão fazendo especialização na área de Educação Especial, e isso vai ajudar a disseminar o trabalho no estado”, ressalta.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a ausência de aulas na Língua Brasileira de Sinais é o principal obstáculo para a inclusão desse segmento no sistema escolar. “Sem a libras o aluno tem que se concentrar apenas na leitura de lábios e 50% da mensagem acaba se perdendo”, explica Cleodinéia.
Ela acrescenta que o professor que ainda não conhece a língua de sinais, precisa fazer uma avaliação para ensinar os estudantes especiais. “O aluno não é prejudicado estudando com uma criança surda, aliás, essa junção é até melhor, porque todos aprendem juntos”.
Para a maioria dos participantes fazer o curso de libras é descobrir um mundo novo, onde os sinais e os gestos são os únicos meios de se comunicar com crianças tão especiais. A sala de aula cheia é o reflexo da necessidade de compreender esses alunos, tanto na escola, quanto em casa.
Um exemplo disso é a dona de casa, Elvira Malheiros Prado. Ela conhece bem essa dificuldade, pois resolveu fazer o curso para entender os gestos do sobrinho, de 12 anos. “Às vezes eu até consigo entender o que ele quer dizer, pelos gestos. Mas, na maioria das vezes tenho receio de errar. Fazer esse curso está sendo muito importante pra mim”, disse Elvira.
A professora de Educação Artística, Sílvia Maria da Silva, que participa do curso pela primeira vez, tem entre os alunos, duas estudantes especiais. ”Esse curso vai ser muito importante pra mim, porque vai me ajudar tanto na profissão, quanto na vida”, salienta a professora.
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – A Língua de Sinais é de modalidade gestual-visual, já que utiliza movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão como canal ou meio de comunicação. Sendo assim, ela diferencia-se da Língua Portuguesa, que é uma língua de modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas, as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.
É a língua materna dos surdos brasileiros e poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força.
Possui também todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado. Foi na década de 60, que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. “A Libras é uma língua viva e autônoma reconhecida pela lingüística” destaca a professora.
Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício, e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como segunda língua para os surdos. Os estudos em indivíduos com deficiência auditiva demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.
LIBRAS – Essa linguagem só foi oficializada no Brasil em 2002, com a aprovação da Lei nº 10.436, de 24 de abril. Pelo decreto, a Libras torna-se componente curricular obrigatório nos cursos de formação de professores, em nível médio e superior, em instituições públicas e privadas, e nos cursos de fonoaudiologia.
Todos os estabelecimentos de ensino básico e superior devem garantir às pessoas surdas acessibilidade à comunicação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares. E a formação de tradutor e intérprete de libras deve se dar por meio de curso superior ou pós-graduação.
Com a duração de duas horas, as aulas foram dividas em dois turnos, matutino e vespertino. No horário de almoço, com um conteúdo mais aprofundado, as aulas são destinadas aos professores.
Durante as aulas, uma intérprete se encarrega de passar as informações aos alunos.
A professora de Libras, Cleodinéia Regina Moletta, destaca que difundir o uso da língua brasileira de sinais à comunidade, é um dos maiores objetivos da Educação Especial. “A rede pública de ensino já dispõe de professores que estão fazendo especialização na área de Educação Especial, e isso vai ajudar a disseminar o trabalho no estado”, ressalta.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a ausência de aulas na Língua Brasileira de Sinais é o principal obstáculo para a inclusão desse segmento no sistema escolar. “Sem a libras o aluno tem que se concentrar apenas na leitura de lábios e 50% da mensagem acaba se perdendo”, explica Cleodinéia.
Ela acrescenta que o professor que ainda não conhece a língua de sinais, precisa fazer uma avaliação para ensinar os estudantes especiais. “O aluno não é prejudicado estudando com uma criança surda, aliás, essa junção é até melhor, porque todos aprendem juntos”.
Para a maioria dos participantes fazer o curso de libras é descobrir um mundo novo, onde os sinais e os gestos são os únicos meios de se comunicar com crianças tão especiais. A sala de aula cheia é o reflexo da necessidade de compreender esses alunos, tanto na escola, quanto em casa.
Um exemplo disso é a dona de casa, Elvira Malheiros Prado. Ela conhece bem essa dificuldade, pois resolveu fazer o curso para entender os gestos do sobrinho, de 12 anos. “Às vezes eu até consigo entender o que ele quer dizer, pelos gestos. Mas, na maioria das vezes tenho receio de errar. Fazer esse curso está sendo muito importante pra mim”, disse Elvira.
A professora de Educação Artística, Sílvia Maria da Silva, que participa do curso pela primeira vez, tem entre os alunos, duas estudantes especiais. ”Esse curso vai ser muito importante pra mim, porque vai me ajudar tanto na profissão, quanto na vida”, salienta a professora.
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – A Língua de Sinais é de modalidade gestual-visual, já que utiliza movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão como canal ou meio de comunicação. Sendo assim, ela diferencia-se da Língua Portuguesa, que é uma língua de modalidade oral-auditiva por utilizar, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas, as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua.
É a língua materna dos surdos brasileiros e poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força.
Possui também todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado. Foi na década de 60, que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. “A Libras é uma língua viva e autônoma reconhecida pela lingüística” destaca a professora.
Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício, e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como segunda língua para os surdos. Os estudos em indivíduos com deficiência auditiva demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas.
LIBRAS – Essa linguagem só foi oficializada no Brasil em 2002, com a aprovação da Lei nº 10.436, de 24 de abril. Pelo decreto, a Libras torna-se componente curricular obrigatório nos cursos de formação de professores, em nível médio e superior, em instituições públicas e privadas, e nos cursos de fonoaudiologia.
Todos os estabelecimentos de ensino básico e superior devem garantir às pessoas surdas acessibilidade à comunicação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares. E a formação de tradutor e intérprete de libras deve se dar por meio de curso superior ou pós-graduação.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/351674/visualizar/
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