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Cidades/Geral
Domingo - 20 de Março de 2005 às 19:20
Por: Aline Chagas

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Com a expansão do bicho em Mato Grosso, a venda de jogos acabou por se tornar uma alternativa para as pessoas que tinham algum tipo de doença ou mais idade. Os ex-cambistas contaram que a maioria ganhava pouco com pensões e a comissão das vendas ajudava a completar o que faltava no orçamento da família.

Esse foi o caso do Melentino Anastácio de Oliveira, que ficou um tempo internado no Hospital Adauto Botelho, depois que descobriu estar doente, e não conseguiu mais emprego quando saiu. Melentino conta que vive como dá, com uma pensão de um salário mínimo. Agora, além dos gastos com a casa e alguns medicamentos, Melentino terá que pagar todos os meses, até setembro, uma cesta básica de R$ 60 para a Justiça, como acordo para encerrarem o processo de contravenção.

Também por causa dos problemas de saúde, Ana Cortez, de 45 anos, optou por ser cambista, ainda em 1988. “Eu não estava conseguindo trabalhar por causa dos meus problemas de saúde e não sabia como arrumar dinheiro para viver. Decidi trabalhar com uma banca e fui até a Colibri para conversar. Fiquei com a banca até o dia em que recolheram todas as outras, em 2002. Desde então, ganho meu sustento com alguns bicos, como faxina”.

Ana Cortês respondeu a um processo por contravenção em Várzea Grande, onde mora, e foi inocentada. Atualmente, responde pela mesma acusação no Juizado Especial Criminal de Cuiabá. Assim como quase todos os ex-cambistas que conversaram com a reportagem, Ana torce pela legalização do jogo do bicho para voltar a trabalhar regularmente. “Poderia ser controlado pela Caixa Econômica Federal”, diz.




Fonte: Diário de Cuiabá

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