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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 20 de Março de 2005 às 15:10

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O índice de reincidência dos internos no Centro Socioeducativo em 2004 foi de 14,53%. O número visto isoladamente aparenta uma boa perspectiva. Porém, conforme a superintendente do Centro, Cíntia Nara Selhorst, não remete à comemoração. Isso porque não considera os jovens com idade acima de 18 e 19 anos que terminam de cumprir a medida e retornam ao convívio social. Assim, caso voltem a cometer alguma infração, são julgados pela justiça comum e não entram na estatística. Vale lembrar ainda que representam 56,75% dos internos e, por isso, a porcentagem real pode ser maior que a registrada.

Nos casos de homicídio, Cíntia explica que, ao contrário do que se imagina num primeiro momento, é mais provável a ressocialização em casos de furto ou roubo. "Quando volta ao convívio social, ninguém sai por aí matando. Já o roubo é mais fácil de ser repetido, ainda mais considerando a condição social deles".

Segundo o professor de Sociologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos da Costa, a motivação do furto ou roubo é explicada pela não aceitação do jovem à regras sociais. "Eles têm pressa. A sociedade está marcada pela apatia, consumismo e individualismo". Assim, explica ele, quando já possui valores morais afetados pela desestrutura familiar e econômica, vêem na alternativa o modo mais rápido de consumo. Isso os torna mais vulneráveis a roubar. Os jovens que cumprem medida no Centro Socieducativo por furto e roubo totalizam 184 meninos dos 296 atendidos em 2004.

Cíntia explica ainda que a defasagem escolar dos meninos é muito grande. Para se ter uma idéia, 86,47% estão cursando lá dentro o Ensino Fundamental. O Centro oferece também cursos de qualificação para que possam buscar trabalho quando saírem.




Fonte: A Gazeta

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