Espaço físico e Cebtro Educativo não é favorável

Há projeto orçado em 4,6 milhões para reestruturação física do Centro Socieducativo. De acordo com a superintendente do local, Cíntia Nara Selhorst, a proposta foi enviada esta semana para o governador e prevê mudanças no prédio, com desativação das alas onde ficam hoje os garotos. A idéia é discutida há alguns anos. Após visitas da equipe de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), solicitadas pelo Ministério Público Estadual, a constatação da justiça foi de que a estrutura física não favorece à recuperação dos garotos e que nova unidade deveria ser construída. Mas Cíntia diz que o orçamento é apertado.

Conforme ela, houve melhoras na estrutura nos últimos anos. "Foi construída a piscina e a quadra de esportes. Ainda é insalubre, mas eles aprenderam a cuidar melhor da estrutura. Mesmo assim, o local não favorece o aspecto pedagógico", admite. O projeto prevê construção de unidades para no máximo 20 meninos. São divididas em quartos individuais e de duplas, com banheiro, mini-refeitório e lavanderia. O uso de grades, diz, é necessário para segurança dos adolescentes. "Esteticamente fica feio, mas se não colocamos as grades pode acontecer algo lá dentro", prevê. A administração, quadra, piscina e cozinha serão aproveitados. As salas de aula, adaptadas para abrigar também atividades de arte terapia.

Atualmente, o Lar do Adolescente é dividido em duas alas, a provisória e a de internação. A primeira tem capacidade para abrigar 39 garotos, mas hoje está com 52 que esperam até 45 dias pela decisão judicial. Já a definitiva comporta 116 jovens e há 117, que hoje cumprem sentença de até três anos, em regime fechado.