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Internacional
Sábado - 19 de Março de 2005 às 23:49

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Pinellas Park, Flórida - Apesar de ter sido desconectada ontem a sonda que mantinha a alimentação da americana Terri Schiavo, de 41 anos, há 15 em estado vegetativo, a batalha legal pela sua vida ou morte continuará motivada pelos esforços de congressistas republicanos, contrários à decisão judicial que autorizou o procedimento. Sem a sonda, Terri morrerá de fome e sede em um prazo que varia de uma semana a dez dias.

Na segunda-feira, o Congresso americano, de maioria republicana, planeja retomar a discussão sobre projetos de lei criados especificamente para o caso. Dessa maneira, uma batalha judicial de mais de sete anos entre o marido de Terri, Michael Schiavo, que defende que ela não gostaria de viver artificialmente, e seus pais, Mary e Bob Schindler, que desejam mantê-la viva, chegará ao Legislativo.

O presidente George W. Bush também já deixou claro publicamente sua posição a favor dos grupos conservadores e religiosos que combatem a eutanásia. Segundo Tom DeLay, líder republicano, a retirada da sonda é uma "barbaridade" que o Congresso deverá impedir. "Terry está viva como qualquer um de nós. E, como conseqüência, temos a obrigação moral de protegê-la e defendê-la."

Para o representante do partido democrata, os republicanos estão tentando transformar "a tragédia da família Schiavo em uma falsa política nacional". Segundo o senador Edward Kennedy, o Congresso não deveria intervir na questão, uma vez que o Judiciário é a instância mais competente para isso.

A autorização para a retirada foi dada pelo juiz da Flórida George Greer, considerado por quem o conhece como um conservador. Ele afirmou, em sua decisão, que os esforços de última hora do Legislativo não invalidam anos de decisões judiciais sobre o caso, que começou em 1990 quando Terri sofreu um ataque cardíaco e entrou em estado vegetativo.

Desde 1998, o marido de Terri tem tentado na Justiça que sua mulher tenha o direito à eutanásia. Ele argumenta que esse era um desejo dela, manifestado antes do ataque cardíaco. Por duas vezes ele conseguiu a autorização e a sonda foi retirada - a primeira delas em 2001 e a última em 15 de outubro de 2003. No entanto, a oposição dos pais de Terri, que chegaram a procurar o governador da Flórida, Jeb Bush, têm prolongado a polêmica, levando-a ao Congresso.




Fonte: Agência Estado

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